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Encontro de Obama e Jintao

(Londres, brpress) - Xadrez entre Washington e Pequim não se centra no movimento de peças militares em tal ou qual rincão do tabuleiro global, mas em disputas essencialmente econômicas. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – O presidente chinês Hu Jintao visitou Barack Obama, em Washington. Os dois encabeçam as duas maiores superpotências do globo. Ao comparar estes países podemos ver que o gigante asiático possui o maior exército do planeta (2,2 milhões de soldados). Já o colosso norte-americano, apesar de ter 600 mil efetivos a menos, trabalha com um orçamento bélico nove vezes superior (US$ 663 bilhões, contra US$ 70 bilhões) e 40 vezes mais armas nucleares (nove mil, contra 240).
    Enquanto os EUA têm bases militares em dezenas de nações e promovem várias ocupações armadas, a China, faz décadas, não desenvolve nenhuma guerra interna ou externa. Pequim tem a maior força pacificadora da ONU e sua política exterior se baseia na não intervenção.
 
Diferença

Isso a distancia da diplomacia que Moscou e Mao mantiveram durante a Guerra Fria, na qual fomentavam guerrilhas ou oposições em diversas regiões. A nova China, enquanto mantém o mesmo monopólio de poder do Partido Comunista, hoje promove um capitalismo de Estado que requer matérias primas e intercâmbios comerciais com nações de todas as tendências políticas.
 
O xadrez entre Washington e Pequim não se centra no movimento de peças militares em tal ou qual rincão do tabuleiro global, mas em disputas essencialmente econômicas. Os norte-americanos querem que os chineses revejam sua moeda, mantida relativamente baixa para melhorar o desempenho de suas exportações.
 
Passando os EUA

Estas atualmente, segundo o jornal The Guardian, ascendem a US$ 1,55 bilhões, superando às dos EUA que estão em US$ 1,27 bilhões. Com relação às reservas do tesouro, a China é a nação que tem o maior superávit (US$ 272,5 milhões) e os EUA têm a maior dívida (US$ 561 milhões). Enquanto o dragão oriental cresce anualmente a um ritmo de 9,4%, a águia norte-americana o faz a um nível de 2,6%.
     Para a Universidade da Pensilvânia, a economia chinesa já teria superado a dos EUA – ainda que em dólares seu Produto Interno Bruto (PIB)equivale à metade do norte-americano e a nível de Produto Interno Bruto, o dos EUA é cerca de 12 vezes maior que o da China (US$ 47,132 contra US$ 4,283) que, nesse quesito, segue integrando a metade mais pobre dos países do planeta. A capitalização dos EUA (cerca de US$ 15 bilhões) é quase o quádruplo da chinesa.
 
Outros dados

A China tem desbancado os EUA como líder mundial em poluição, bem como em medalhas olímpicas de ouro, enquanto os estadunidenses superam em dezenas de vezes os orientais em pontos de internet, vendas de filmes, músicas e número de magnatas e multinacionais.
 
Os EUA alegam que sua cultura se difunde por todo o globo e que seu idioma inglês é a língua franca da globalização. Contudo, há no mundo, três vezes mais seres humanos falando mandarim que inglês.
 
De acordo com o jornal Financial Times, atualmente há cerca de 100 milhões de pessoas não chinesas que vêm aprendendo a língua dessa nação asiática. Pequim já tem superado o Banco Mundial com o maior número de empréstimos ao Terceiro Mundo, enquanto as suas 251 missões diplomáticas em todo o globo se aproximam das 289 dos EUA.
 
Nos próximos anos será possível que vejamos uma transição do século norte-americano para o século chinês.

(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio vive em Londres, onde lecionou na London School of Economics, e também assina coluna no jornal peruano Diario Correo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor. Tradução: Pepe Chaves.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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