Bienal: polêmica e inclusão
(São Paulo, brpress) – Com custo de R$ 46 milhões, mostra abre sábado (25/09), com 850 obras e destaque para artista 'assassino', que OAB quis retirar da mostra.
(São Paulo, brpress) – Com custo de R$ 46 milhões – cerca de R$ 6 milhões financiados pelo Fundo Nacional de Cultura (FNC) e outros R$ 40 milhões captados pela Lei de Incentivo à Cultura, o Ministério da Cultura viabilizou a 29ª Bienal, que começa neste sábado (25/09) e segue até 12/12.
São 850 obras de 159 artistas, e a expectativa de atingir um milhão de visitantes – contra mirrados 161 mil da última edição. A mostra – a maior da América Latina – já desperta polêmica antes mesmo do público chegar ao Pavilhão do Parque do Ibirapuera. E não se tratam de grafiteiros desta vez, agora bem-vindos.
O artista pernambucano Gil Vicente, apresenta uma série de autorretratos, nos quais atira em líderes mundiais como presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Papa Bento XVI e rainha Elizabeth II da Inglaterra. O “tiroteio” chamou atenção do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio D’Urso, que solicitou a retirada das obras da mostra por fazerem “apologia ao crime”. Porém, a organização do evento afirmou que manterá os desenhos da coleção Inimigos.
Indignação
A polêmica criada pela OAB acabou gerando maior destaque aos trabalhos do artista, que já passaram por outras cidades. “A repercussão eu devo à OAB”, declarou Gil Vicente, e não ao curioso fato de ser homônimo ao célebre escritor português. “Esse trabalho é fruto da minha indignação com a forma como esses caras conduzem o mundo”, explicou ao portal da revista Veja. “É um trabalho muito sério. Fiz em proporção humana normal, para que fosse o mais realista possível”, completou.
Cidadania
Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, ressalta que o papel da Bienal não se restringe ao meio artístico. “Embora o eixo da Bienal seja dado pela arte, seu impacto se faz sentir no campo da educação, da cidadania e da economia”, acredita Martins.
“Uma Bienal forte e representativa interessa a toda a sociedade, na medida em que permite que nossa cidade se posicione como um dos grandes polos mundiais de arte contemporânea, gerando riqueza, progresso e benefícios materiais e simbólicos para todos”, finaliza.
Mais informações no site oficial .
A entrada é gratuita.
A visitação acontece de segunda a quarta-feira e aos fins semana, das 9h às 19h. Já as quintas e sextas, o horário é das 9h às 22h. Até 12/12.
Parque do Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral; (11) 5576-7600