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Caveiras da instalação Cooking Crystals ExpandedCaveiras da instalação Cooking Crystals Expanded

Tunga vale visita a Inhotim

(Inhotim/MG, brpress) - Galeria permanente com obras do artista, incluindo a impressionante instalação com caveiras gigantes de bronze e cristais, é ponto alto da visita ao Instituto Inhotim,

(Inhotim/MG, brpress) – A galeria permanente com obras de Tunga (1952-2016), incluindo a impressionante instalação com caveiras gigantes de bronze e cristais, intitulada Cooking Crystals Expanded, é, talvez, o mais alto ponto da visita ao Instituto Inhotim, Centro de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, situado no perímetro urbano de Brumadinho (MG).  A obra chega a ser assustadora, devido às suas dimensões e força. O título, em inglês, é recorrente na obra cosmopolita de Tunga. 

Um dos artistas brasileiros contemporâneos mais importantes do cenário internacional, com maior penetração em museus de todo o mundo, o pernambucano Tunga foi um dos primeiros nomes do elenco da galeria Millan, em meados dos anos 80. De lá para cá, expôs no  MoMA, em Nova York (2007), quando também expôs At the Light of the Two Worlds, trabalho que ocupou a pirâmide do Museu do Louvre (2005) e foi visto em Paris por 4 milhões de pessoas. Cooking Crystals Expanded também esteve presente na terceira edição da Bienal de Moscou (2009).

Mas essa não é a única obra de Tunga em Inhotim, na chamada Galeria Psicoativa. Estão lá Lezart (1989, em cobre, aço e imã), Nociferatu, (2001–2011), Palíndromo incesto (1990 1992, em fio de cobre, imã, folhas de cobre e limalha de ferro), Ão (1980, projeção de filme P&B 16 mm em looping e instalação de som),  A Luz dos Dois Mundos – Nosferatu (1999, em vidro soprado, luz e seda) e Laboratório Nosferatu (1999 -2012, em vidro laminado, espelho, ferro, vidro soprado, luz e papel). 

Translúcido

Mestre em trabalhar com luz e sombra, matéria orgânica e minerais, criando ilusões de ótica e universos paralelos,  arte e ciência, a obra de Tunga é complexa e intrigante – quase uma aula de física,  mesmo em suportes menos vertiginosos que instalações gigantes, como desenhos. São cerca de 30 desenhos (2005 a 2009), originários de uma experiência de Tunga com um certo objeto que estava em seu ateliê – uma garrafa de cristal, posta sobre sua mesa de trabalho. A peça, durante muitas jornadas, serviu para o artista pousar o olhar, de onde, então, partiam seus devaneios.

O objeto chegou a alcançar a afetividade de um talismã. Tunga, aos poucos, foi colocando na garrafa fios de cabelo, correntinhas, fragmentos de imã e até o líquido amarelo de sua própria urina, radicalidade orgânica e experimental, recorrente em sua vida e em sua obra, sempre viscerais. “Tinha a nítida impressão de que fora feito através de mim, não por mim, algo como psicografado, talvez por isso me atraía, produzia efeitos colaterais, remetendo a projeções…”, afirmou o artista.

Inspiração quieta

A peça passou então a acompanhar os longos silêncios do artista em frente ao papel. “Não raras vezes me surpreendi olhando o vazio embora visasse o ‘troféu-talismã’. Se assim digo é porque nele depositava uma quantidade de fonte de inspiração. Não que o usasse como modelo para meus desenhos, mas na contemplação dele via outras imagens como que subjacentes a ele, vapores ou sombras de naturezas totalmente diversas”, escreve Tunga, no catálogo da exposição.“Fazer arte é fazer uma ficção, deixando aparente o processo de fantasia”, define o artista.

Instituto Inhotim – Rua B, 20 – Brumadinho/MG; (31) 3194-7300 e (31) 3571-9700

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