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Daniel Craig se despede de 007 em Sem Tempo para Morrer. Foto: Universal Studios

Bond está morto! Longa vida a 007!

Sem Tempo para Morrer dá o recado: não haverá sobrevivência sem um novo (ou nova) 007. Pode brindar a despedida: filme é sensacional. Por Juliana Resende

(brpress) – “This is The End / Hold your breath and count to ten…” O verso da música Skyfall, interpretada por Adele e homônima ao filme Operação Skyfall (2012), vale mais para Sem Tempo para Morrer (No Time to Die, 2021), o 25o. da franquia 007, que finalmente chega aos cinemas. Apesar de que a música-tema da vez, na voz etérea de Billie Ellish, traduz modernamente o clima de gran finale da era Daniel Craig como James Bond. Pode ir acenando: Goodbye, Mr. Bond.

“Hold me once, hold me twice…”. Acho que vou cair da cadeira do cinema… Estou tonta, havia esquecido do poder que tem um bom filme de ação. Estou de joelhos diante da celestial experiência cinematográfica da tela gigante, com os astros Imax e Dolby em colisão… Há um preenchimento da sala escura que só a sétima arte, embutida de sua divindade, pode proporcionar. Já não era Sem Tempo… 

Está tudo lá

Apesar da máscara, respira-se arte – da abertura (liiiindaaaaa!) ao bule e xícaras de chá no gaveteiro geek de Q. Estão reunidos todos os “detalhes”, cada centímetro de soft power britânico, batido, não mexido, a Londres panorâmica, a procissão barroca que insiste em passar na hora da perseguição, as rajadas de balas que saem dos faróis, depois a fumaça, as lutas corporais coreografadas, o cinismo, smoking, Vesper Lynch, os decotes, a Jamaica,  a rebeldia, a solidão, a megalomania, barco, trem, avião, moto, mar, martinis, Aston Martins (DB5, V8 Vantage, DBS Superleggera e Valhalla, o primeiro hyoercar da marca, nesta ordem), o brother mala da CIA e tudo que faz Bond James Bond. Não necessariamente 007, que pode (e deve) ser reinventado. 

Fato: não haverá sobrevivência da franquia sem um novo (ou nova) 007. Daniel disse “não é problema seu (ainda bem)”, mas que não vê uma mulher no cargo. Um Bond dito “feminista” foi tudo que o ator pode entregar. Agora é com os produtores Barbara Brocolli e família – guardiões da franquia desde 1961. Será preciso se distanciar do Bond sexista que fez a fama do personagem. Será preciso castrar sua masculinidade “tóxica”? 

Um número

Sem Tempo para Morrer é um farewell corajoso e sem volta – após vários adiamentos por causa da pandemia de Covid-19. São duas horas e meia de filme e o nascimento de uma menina para que se conclua: Bond está morto. Longa vida a 007! Afinal, James se aposentou e seu número – “é só um número” – já está em uso por uma mulher negra extremamente empoderada (Lasanha Lynch). Obra da roteirista Phoebe Waller-Bridge, que garante neste filme a maior paridade entre Bond e mulheres coadjuvantes em toda a história da franquia. 

Onde isso vai levar ninguém sabe e essa é grande jogada de marketing. Um tiro que pode sair pela culatra, evidentemente, dada a chuva de críticas e rejeição enfrentados e (quase) superados por Craig há 16 anos. O recado está dado: licença para matar pode virar “licença artística”. É como Charlotte Chapman, diretora de elenco, acha que pode resolver “personagens com imagem fixa”. 

Que cessem as especulações. Uma coisa de cada vez. Agora é o momento de tomar fôlego para Sem Tempo Para Morrer. Daniel Craig encerra seu quinto filme e finaliza seu Bond com a dignidade necessária. E – ao contrário do que o agente atribui como uma possível falha sua  – com um timing perfeito. 

(Juliana Resende/brpress) 

Assista ao trailer de Sem Tempo para Morrer: 

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Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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