Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Bonecas do Jequitinhona na cidade

(São Paulo, brpress) - Famosa internacionalmente, mas só agora numa mostra individual, a escultura Dona Izabel mostra suas mulheres em Izabel: Do Jequitinhonha, do Mundo, a partir desta segunda-feira (07/12), na Galeria Estação.

(São Paulo, brpress) – As famosas bonecas do Jequitinhonha há muito ultrapassaram o território nacional para conquistar prestígio internacional. Mas só agora uma de suas principais artistas, Dona Izabel, ganha sua primeira exposição individual em galeria. Izabel: Do Jequitinhonha, do Mundo, abre nesta segunda-feira (07/12), para convidados, e na terça (08/12), para público, na Galeria Estação.

Trata-se de uma rara oportunidade para o público urbano apreciar um conjunto representativo de sua obra, além de poder compartilhar seu processo de produção no workshop que será realizado no dia seguinte à abertura da mostra.

Moringas de barro

As 18 peças selecionadas do acervo da Galeria Estação fornecem um panorama da arte em cerâmica que surge das mãos desta extraordinária retratista da população feminina. Ao adaptar moringas de barro a corpos de mulheres, Dona Izabel acabou por construir uma produção extremamente vigorosa, como poucas, capaz de expandir a geografia de sua terra, o Vale do Jequitinhonha.

  Caboclas, brancas, negras, mulatas, pobres ou ricas, “todas filhas de Deus”, conforme costuma afirmar Dona Izabel, são personagens do seu imaginário. “Arte que reflete o feminino, no roliço dos corpos, na sensualidade discreta, mas presente nas bocas carnudas e vermelhas, nos adereços móveis agregados à escultura – brincos, grinaldas, chapeuzinhos redondos como coroinhas,  buquês de flores, pássaros –, bem como naqueles apostos aos vestidos de festa, como o das noivas”, comenta Lélia Coelho Frota, no texto do catálogo da exposição.

  Segundo a crítica de arte que há mais de 30 anos dedica-se ao estudo da criação de fonte popular, Dona Izabel retrata as mulheres em momentos solenes de festa ou de saídas profanas, com rostos moldurados por penteados elaborados, crespos, cacheados, lisos com franjas, entre outros estilos.

Modernidade

“O tratamento cromático e gráfico das vestimentas, em geral sóbrio – pois toda a inflexão destas esculturas  visa conduzir o nosso olhar para os verdadeiros retratos que constituem as cabeças – pode ainda apresentar soluções ousadas de modernidade no trânsito pela figura”, completa Frota.

  Escultora

Izabel Mendes da Cunha, hoje com 85 anos,  nasceu no município de Itinga, Vale do Jequitinhonha, na fazenda Córrego Novo. A artista criou ao redor de si uma escola de ceramistas que envolve todos os membros da sua família e muitas outras pessoas.

Escultora premiada –  Unesco ( 2004), a Ordem de Mérito Cultural do governo brasileiro (2004) -, sua obra figura em livros  e ensaios de  estudiosos de arte e cultura brasileiras, como, entre outros, os de Angela Mascelani, PhD em Antropologia Social  pela UFRJ, Lalada Dalgliesh, PhD no Instituto de Artes da UNESP, Marina de Mello e Sousa , socióloga, historiadora, hoje responsável pelo ensino e difusão da história da África na USP.  

  Visitação: segunda a sexta, das 11h às 19h, sábados das 11h às 15h. Até 10/03/

Entrada franca.

Workshop: processo de trabalho de Dona Izabel com comentários de Lala da Silva Dalglish, autora do livro Noivas da Seca, sobre o Vale do Jequitinhonha, doutora em cerâmica e chefe do departamento de artes da Unesp.

Terça (08/12), das 14h às 17h.

Número de vagas – 30

Preço – 50,00

Estudante – 20,00

(serão emitidos certificados de participação)

  Galeria Estação – Rua Ferreira de Araújo, 625; (11) 3813-7253

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate