Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

”Há vitalidade na economia”

(Genebra, brpress) - Unctad divulgou um relatório sobre queda dos investimentos diretos no mundo, no qual se revela como Brasil, China e África contornam crise. Por Rui Martins.

(Genebra, brpress) – Alguns dias antes da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum de Davos, que acontece de 27 a 31/01, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, Unctad (em inglês United Nations Conference on Trade and Development), divulgou um relatório sobre a queda dos investimentos diretos no mundo, no qual se revela que o Brasil demonstra uma grande vitalidade econômica. Esta foi também uma declaração textual da economista da Unctad Nicole Moussa, pelo fato de o país ter readquirido diversas empresas que estavam em mãos estrangeiras.

“A crise teve reflexos nos investimentos estrangeiros diretos em todo mundo, mas isso não impediu o desenvolvimento do Brasil e nem chega a ser uma catástrofe na África”, observou a economista Moussa. Os investimentos estrangeiros diretos sofreram um sensível declínio no ano 2009, explica a economista. A média dessa queda em todos os continentes é superior a um terço, porém a leitura das estatísticas divulgadas pela Unctad não significa necessariamente uma quebra de um terço no crescimento real dos países.

 
Nicole Moussa, participante do levantamento desses investimentos, explica, por exemplo, que, no Brasil, a queda de 50% de investimentos diretos nada tem a ver com o crescimento real, assim como a queda de 36% de investimentos na África não deve ser interpretado como catástrofe.

 
Efeito China

Outros fatores vão jogar neste ano, particularmente se houver um desenvolvimento interno da China, pois a crise não impediu um crescimento de 10% – o que poderá ter grande repercussão na África, onde a presença chinesa é cada vez mais marcante. Com relação ao Brasil, Moussa acentua ser preciso se interpretar corretamente as estatísticas.

“Uma parte dessa queda”, diz ela, “é por ter havido muito menos empresas brasileiras compradas por empresas estrangeiras e o que é notável, nesse ano 2009, é a primeira vez depois da liberalização da economia brasileira, que houve, em termos de valor, mais brasileiros readquirindo empresas que estavam em mãos estrangeiras do que empresas estrangeiras comprando empresas brasileiras”, completa. “De uma certa maneira, isso mostra a vitalidade das empresas brasileiras e da economia brasileira”, defende.

Nicole Moussa cita a compra no Brasil de uma filial do banco UBS, de uma filial do grupo alemão Tissens pela Vale do Rio Doce, de um banco italiano e de uma empresa de alimentação por grupos brasileiros no valor de US$ 5 bilhões, como prova de que a economia tupiniquim está quente. Quanto à África, a economista destaca que
houve uma forte baixa na compra por estrangeiros de empresas africanas, que já existem em mãos de africanos e que não mudaram de proprietários.

 
Assim, em 2008, houve US$ 21 bilhõe na compra por parte de empresas estrangeiras e, em 2009, US$ 6 bilhões – uma queda de US$ 15 bilhões. Mas é preciso se entender essas cifras e não pensar haver uma catástrofe porque o investimento real não vai baixar nessa proporção.

(Rui Martins/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate