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Mesa farta e sedentarismo

(brpress) - Brasileiro come mais e melhor, mas cai número de pessoas que praticam exercícios: só 14,7% dos adultos fazem atividades físicas, segundo pesquisa.

(brpress) – Aumenta o consumo de frutas e hortaliças no Brasil e cai número de pessoas que praticam exercícios. É o que mostra levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. 18,9% da população optam por cinco ou mais porções diárias desses alimentos – 2,6 vezes mais que três anos atrás. Por outro lado, preocupa o crescimento do consumo de refrigerantes, de produtos gordurosos e o aumento do sedentarismo no país.

O estudo revela que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana.. Isso equivale as 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Foram entrevistadas 54.367 entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009.

    Tendência mundial

    De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro – que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos – e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro.

    “Tem reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods”, afirmou Deborah Malta, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-transmissíveis do Ministério da Saúde.

    Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo a hábitos saudáveis. “O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas”, destaca.

    Menos carne vermelha

    Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura contra 39,2% em 2006.

    A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah Malta, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.

Refrigerantes

    Contudo, os dados demonstram também que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana.

    O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. Em 2008, 24,6% da população bebia refrigerantes cinco ou mais vezes na semana.
Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior, 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles.

    O leite com teor integral de gordura também é o preferido: 58,4% da população consomem esse produto cinco ou mais vezes na semana. Um aumento de quase 2% em três anos. Em 2006, 57,4% da população preferiam os integrais ao invés de desnatados ou semi-desnatados.

    Feijão

    Já o consumo de feijão, tão comum na culinária brasileira, está caindo. Esse alimento, que é rico em fibra e ferro, em 2009, fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos cinco ou mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%, o que representa uma queda de 8,4% em três anos.

    “O feijão requer tempo de preparado e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro”, afirma Deborah Malta. Segundo ela, para reverter o quadro, é preciso ampliar as políticas de promoção da saúde, além de esforços de outros setores do governo, como educação, agricultura e comércio.

Sedentarismo
 
    As ações também devem estar integradas ao incentivo e orientação para a prática regular de exercícios físicos. “Hoje observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileiro – e isso não é compensado com aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias”, alerta Deborah Malta.

    Os dados da pesquisa confirmam essa realidade. Apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária – 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%.

    O estudo demonstra ainda aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.

TV
   
    Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. “Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas”, afirma Deborah Malta.

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