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Policiais Antifascismo contra lógica da polícia que trata cidadão como ‘inimigo de guerra’

Integrante do movimento, policial civil explica como ativismo contra uma política de segurança pública “na base da bala e da opressão” espera mudar a mentalidade, conduta e imagem dos policiais no Brasil. Por Juliana Resende.
Integrante do movimento, policial civil explica como ativismo contra uma política de segurança pública “na base da bala e da opressão” espera mudar a mentalidade, conduta e imagem dos policiais no Brasil
Por Juliana Resende

(Rio de Janeiro, brpress*) – A policial civil Janaína de Assis Matos é uma das entrevistadas no documentário Agora Eu Quero Gritar: Mortos pela Polícia e Exército no Rio – Uma Conexão entre Brasil e Haiti (60 min., 2020), que aborda a violência de estado no Rio de Janeiro e deve ser lançado em agosto. Janaína fala de sua experiência na Polícia Civil carioca e de seu ativismo contra umapolítica de segurança pública “na base da bala e da opressão” e contra a lógica de uma polícia que “acredita ser normal tratar a população pobre como inimigo de guerra”.

 Nesse contexto, o movimento Policiais Antifascismo “é um grupo que cresce cada vez mais”, afirma ela, que integra o grupo surgido em 2017 que defende a urgência de construir a identidade do policial cidadão, trabalhador que serve à população e não a seus comandantes – e, atualmente é um dos principais contrapontos ao avanço da ultradireita nas polícias Militar e Civil brasileira.

“No momento, nossa maior conquista é exatamente fazer com que a polícia acredite em Direitos Humanos e que não seja contaminada pelo discurso de que ‘direitos humanos é para humanos direitos e não vagabundos’ “, afirma a perita que hoje saiu das ruas para trabalhar no laboratório de balística da corporação.

Ideias fascistas

Janaína diz que hoje o que acontece com o policial que entra na corporação disposto a fazer um trabalho de cidadania, pautado pelos direitos humanos, um trabalho de inteligência, é que ele é bombardeado, contaminado com ideias fascistas de que ele tem de oprimir, bater, ele tem que atirar, porque caso contrário, ele não é um policial adequado.”

Segundo Janaína, o trabalho dos Policiais Antifascismo é árduo e vem escapando de tentativas de ser criminalizado por colaboradores do governo Bolsonaro. “A maior vitória que o grupo tem tido é a desconstrução deste discurso fascista dentro da polícia”. Mesmo que, atualmente, estudiosos de segurança público alertem para uma crescente contaminação dos policiais, especialmente os militares, pela ideologia bolsonarista.

(*) Conteúdo produzido em colaboração com o documentário Agora Eu Quero Gritar: Mortos pela Polícia e Exército no Rio – Uma Conexão entre Brasil e Haiti (60 min., 2020), do qual a jornalista Juliana Resende, autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira (Scrita, 1995), é co-produtora.

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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