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‘Nerdice’ de pai pra filho

(São Paulo, brpress) - Desenvolvedor de software ‘ancião’ inicia filho adolescente fissurado em robótica na Campus Party, onde acampam juntos. Por Juliana Resende.
Desenvolvedor de software ‘ancião’ inicia filho adolescente fissurado em robótica na Campus Party, onde acampam juntos
Por Juliana Resende

(São Paulo, brpress) – O pai pode ser visto à distância, em meio à multidão de nerds com idade média de 18 anos, pelo chapéu de palha adornado com um pinguim do Linux (sistema operacional com código-fonte aberto para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da licença). É a 9a. das dez edições da Campus Party de que participa. 

Papai exibe orgulhosamente todas as credenciais das edições anteriores da CP e, ao contrário do que se imagina, foi ele quem trouxe o filho, um adolescente fissurado por robótica, que está na sua quarta CP. Ambos estão acampados no Anhembi, curtindo “férias geek”. 

All inclusive

É um programa barato (ambos estão gastando cerca de R$ 1000 por uma semana na Campus Party, incluindo acomodação e alimentação. “Gosto do frescor jovem que o evento proporciona”, diz Eduardo Fornaro, desenvolvedor de software de 49 anos – um “ancião”, como Bruno Fornaro, de 15, define.

O pai parece mais animado que o filho. “O bacana aqui é o networking. Conhecer pessoas com vários interesses diferentes”, afirma Eduardo. “Encontrei até um praticante de rádio amador, como eu!”, festeja, ressaltando que “serão os únicos a se comunicar quando Trump estourar a bomba”. Internet? “Não vai sobrar nada. Somente as ondas, quando a radiação baixar”, diverte-se, prevendo o apocalipse. 

O garoto diz que, este ano, está achando a programação “meio caída”, sem grandes nomes como palestrantes, estando concentrado nas atividades do palco Ciência. “Acho que a Campus Party anda muito focada em novas mídias e empreendedorismo, deixando a tecnologia meio de lado”, reclama. Bruno mal pode esperar para começar a cursar eletrônica na centenária Escola Técnica Federal

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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