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Falta tratamento público para estágio avançado

(Rio de Janeiro, brpress*) – Presidente do Instituto Nacional do Câncer disse que, praticamente, não há investimentos para ampliação do acesso aos cuidados paliativos, nem financiamento de ações nessa área.

(Rio de Janeiro, brpress*) – O presidente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luís Antônio Santini, criticou a falta de investimentos e de políticas públicas para tratamento de pacientes com câncer em estágio avançado. Segundo pesquisa sobre qualidade da morte, realizada na Grã-Bretanha pela consultoria Economist Intelligence Unit e divulgada pela BBC Brasil em julho deste ano, o Brasil ocupa o 38º lugar entre 40 países.

Ao participar do simpósio Expansão dos Cuidados Paliativos no Brasil, que discute meios de amenizar o sofrimento de pacientes terminais, Santini disse que, praticamente, não há investimentos para ampliação do acesso aos cuidados paliativos, nem financiamento de ações nessa área. “A iniciativa é dos hospitais, das próprias unidades prestadoras, que não têm cobertura de financiamento pelo SUS [Sistema Único de Saúde].”

País envelhece

Santini afirmou que o envelhecimento da população deve ser levado em conta no estabelecimento desse tipo de política pública. Para ele, o cuidado e o tratamento adequados a pacientes em estado terminal devem constituir uma política importante para o futuro da população brasileira.

A diretora do Hospital do Câncer 4, Unidade de Cuidados Paliativos do Inca, Cláudia Naylor, classifica de “caótica” a situação da qualidade de morte no Brasil. A médica lembra que a expectativa de vida do brasileiro atualmente é 72 anos e que a população idosa vem aumentando no país. Segundo ela, pelas previsões feitas em todo o mundo para 2015, espera-se que 15% da população do planeta morra de algum tipo de câncer.

Na opinião de Cláudia, uma política de cuidados paliativos não resulta apenas na perspectiva de melhora na qualidade de morte dos 21,5 milhões de pessoas com mais de 65 anos ou na dos 2,9 milhões com mais de 80 que existem hoje no Brasil e que podem vir a sofrer com algum câncer. O tratamento humanizado e digno beneficia também a família dos doentes.

56 leitos

Inaugurado em 1998 no bairro de Vila Isabel, o Hospital do Câncer 4 tem quatro andares de enfermarias, com 56 leitos, e atende a mil pacientes em média por mês. A unidade é responsável pelo atendimento integral a pacientes em processo de morte, o que inclui consultas ambulatoriais, visitas domiciliares, internação hospitalar e serviço de pronto atendimento.

Segundo o Inca, a política de prevenção ao câncer está bem desenvolvida no país, que tem tido sucesso, por exemplo, no controle de tabagismo, um dos fatores que contribuem para o câncer de pulmão. Santini lembrou que o número de fumantes no Brasil passou de 35% para 17% da população, conforme dados do IBGE.

O câncer de próstata e o de pulmão são os mais frequentes entre os homens. Entre as mulheres, são comuns o câncer de mama e o de colo do útero.

(*) Com Agência Brasil.

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