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Dilema juvenil: mito?

(brpress) - O que a gente pode ser, no futuro, já está dentro de cada um. Mas como assim? Maria da Luz Calegari.

Maria da Luz Calegari*/Especial para brpress

(brpress) – E, agora, o que é que eu faço? Entra ano e sai ano, o estudante brasileiro, que termina o ensino médio, se vê diante do fantasma da definição de sua futura carreira.

Pais dão palpite. Professores também fazem sugestões. Consultorias especializadas organizam feiras de que participam milhares de jovens e algumas dezenas de profissionais, tendo em vista ajudar rapazes e moças a definir-se por uma futura profissão.

Educadora que sou, cansei de ver a repetição dessas cenas, que já se tornaram programa obrigatório de terceiro trimestre, sobretudo nas capitais com maior poder aquisitivo.

Gostaria de dizer a essa população confusa que esse é um falso dilema. O que a gente pode ser, no futuro, já está dentro de cada um. Como assim? É esta a pergunta que quase sempre me fazem.

Simples: aquilo que nos tornaremos já está em potência no nosso cérebro, do mesmo modo que a laranjeira – que produzirá laranja lima, baiana, seleta, pêra – já existe na semente que se planta.

É uma questão de vocação. E, principalmente, de temperamento.

Trocando em miúdos

Falar de talentos e de vocação também provoca interrogações. Como? Não são a mesma coisa? Não.

Alguém poderá ter muita habilidade para jogar futebol, mas detestar o jogo competitivo travado no campo. Outro exibe grande maestria com tintas e pincéis, porém não gosta de passar o dia trancado em um estúdio. Preferiria, muito mais, dar aulas sobre história da arte.

Eis aí um formidável engano. Com grande freqüência, pais e mestres – e também orientadores vocacionais – identificam talentos e habilidades em um educando e dão-lhe três ou quatro opções de carreira, porque acreditam que ele estará escolhendo de acordo com sua vocação.

Nem sempre acertam. Às vezes, os talentos estão alinhados com a vocação. Muitas vezes, não.

O que se esconde por trás de uma vocação é aquilo que psicólogos junguianos denominam temperamento. Temperamento é muito mais que gênio. É a espinha dorsal da personalidade. Um conjunto de tendências inatas, relacionadas com a forma de perceber os fatos (e o mundo), analisá-los e fazer escolhas.

Pessoas não percebem as ‘coisas’ da mesma forma, nem se interessam pelas mesmas realizações. Também não defendem os mesmos valores… E isso faz toda a diferença.

Quatro temperamentos

Temperamentos vêm sendo estudados desde o século VI antes de Cristo. Tudo começou com o médico grego Hipócrates. Ao longo dos séculos, médicos, filósofos e psicólogos construíram um conhecimento nessa área que, atualmente, é corroborado pela neurociência.

Desde a época citada até os dias atuais, os temperamentos sempre foram quatro e podem ser encontrados em todas as populações da Terra, do Oriente ao Ocidente. São eles que impelem as pessoas para diferentes campos de realização profissional e pessoal.

Quando alguém fecha os ouvidos ao clamor do temperamento, o resultado é frustração ou mediocridade no exercício de uma profissão. Mesmo que a pessoa seja formada por uma escola de ponta, ao longo do tempo não conseguirá desenvolver uma carreira de sucesso, porque a ‘natureza’ fala mais alto.

Os quatro temperamentos universais foram denominados com nomes diferentes pelos pesquisadores. Hoje, a nomenclatura mais adotada compreende artesãos, guardiães, idealistas e racionais.

Artesãos

Os artesãos são pessoas de movimento, que apreciam novidades, desafios e atividades que requeiram habilidades técnicas. São habilidosos com partes do corpo ou com o corpo todo, caso dos atletas e ginastas, por exemplo.

Denominam-se artesãos porque se destacam em trabalhos que incorporam alguma forma de arte. Bons exemplos são os cirurgiões e os instrumentistas. Correspondem a cerca de 38% das pessoas.

Guardiães

Os guardiães são competentes para reunir meios e pessoas tendo em vista atingir determinado fim. Gostam de controlar atividades e de comandar pessoas.

Caracteristicamente, são profissionais de administração, mas também podem ser encontrados em engenharia, direito e auditoria, por exemplo. Cerca de 35% da população é deste grupo.

Idealistas

Idealistas preferem atuar no mundo abstrato (de ideais e ideias). Compradores de causas, sentem-se gratificados ao ajudar as pessoas a atingir realização profissional e felicidade pessoal.

Costumam ter um leque de interesses bastante grande, o que os credencia a trabalhar em diferentes áreas, desde que o foco principal seja a promoção humana. Cerca de 15% da população é deste grupo.

Racionais

Finalmente, os racionais têm mente apta a projetar o futuro, seja de uma empresa, de um produto ou uma descoberta. A maioria dos pesquisadores, inventores e cientistas está neste grupo, que mal chega a 12% da população mundial.

Se você quer saber a qual grupo pertence – e quais são as carreiras mais escolhidas por pessoas do seu temperamento –, aguarde a publicação de nosso teste, incluindo questões relacionadas a profissões indicadas para cada tipo de personalidade.

(*) Maria da Luz Calegari, pesquisadora de temperamentos, pedagoga e orientadora de carreira, é coautora deTemperamento e Carreira- Desvendando o Enigma do Sucesso (Ed. Summus). Desenvolveu o Indicador Brasileiro de Temperamentos para Adolescentes e Adultos (IBTA-A), que já foi respondido por mais de meio milhão de pessoas. Fale com ela pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress ou Facebook. A

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