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Por que não tenho o sucesso que mereço?

(brpress) - Pergunta frequente pode ter como resposta o fato da pessoa escolher a profissão de um contratipo (personalidade oposta à dela) e seguir pela vida como se estivesse com a roupa pelo avesso. Por Maria da Luz Calegari.

Maria da Luz Calegari*/Especial para brpress

(brpress) – Fale sinceramente: você já se pegou fazendo a pergunta que dá título a este texto? É interessante que mesmo pessoas bem-sucedidas não se consideram assim… Isso sinaliza que o conceito de sucesso, ou o seu grau, é bastante subjetivo.

Outra pergunta frequente é: estou investindo na carreira certa? Esta questão atormenta muita gente na faixa dos 30 anos. Geralmente, é feita por jovens insatisfeitos com o trabalho e com as perspectivas futuras. No final da adolescência e início da vida adulta, muito jovem que fez uma escolha de carreira, baseado em modismos ou influência da família, costuma se arrepender.

Alguns têm coragem de jogar tudo para o alto e recomeçar. Outros optam por mudar de área ou fazer uma pós-graduação que lhes permita ingressar em um novo campo de trabalho. Quase sempre, estão prontos para novos desafios. Contudo, muitos ainda preferem empurrar a vida com a barriga.

Como ser feliz no trabalho?

Esta questão é corriqueira, nos dias atuais. É impressionante o número de pessoas que se queixam de depressão, tristeza, falta de motivação, estresse, etc, porque não encontram recompensas psicológicas no trabalho.

Um desabafo, muito comum tanto em pessoas que não investiram em uma carreira como naquelas que se esforçam diariamente para desenvolver-se, é: por que me aborreço quando vejo que gente medíocre está ganhando milhões? Quase sempre, a crítica (ou a inveja) tem endereço certo: jogadores globais de futebol, atores de telenovelas, top models, apresentadores de programas de TV, gente do showbiz.

Temperamento

Todos esses dilemas decorrem do temperamento, uma predisposição inata da mente, que a família e a cultura podem influenciar, mas jamais eliminar.Somos de um jeito e não somos de outro, ou estamos em determinado lugar e não em outro, por causa do nosso temperamento. E as outras pessoas diferem de nós por causa do temperamento delas.

Muita gente poderá duvidar desta afirmação, porque está acostumada a encarar o temperamento de uma forma muito distinta daquela que é estudada pelos psicólogos.

O temperamento é a essência da personalidade, espinha dorsal da psique, o que nos estrutura e nos caracteriza, o que garante a individualização. O temperamento determina nossa visão de mundo, nossos interesses, valores e aspirações.

Que tal um exercício?

Pergunte-se: quais são os meus interesses primários: desfrutar da vida? Ter fama? Estar na mídia? Ou, então, ter destaque social, exercer poder? Ganhar muito dinheiro? Pertencer a grupos que decidem os rumos de uma empresa ou de uma comunidade? Ou, ainda, realizar um trabalho que torne as pessoas mais felizes, o mundo mais pacífico e justo, a vida mais poética e mais ética?

Ou, por outro lado: descobrir o caminho para que meu trabalho se torne referência mundial? Inventar coisas úteis? Avançar no campo da pesquisa e da ciência? Descobrir como o universo funciona?

Escolha às avessas

O pior que pode acontecer a uma pessoa é escolher a profissão de um contratipo (personalidade oposta à nossa) e seguir pela vida como se estivesse com a roupa pelo avesso.

Isso é mais comum do que se pensa.

A pesquisadora norte-americana Katherine Benziger divulgou recentemente que, nos Estados Unidos, pelo menos 70% da população falsifica o tipo no trabalho. É como se alguém, sendo destro, resolvesse fazer tudo com a mão esquerda, porque essa é a forma que o mercado de trabalho valoriza.

Um exemplo corriqueiro: trabalhar em um negócio altamente competitivo, quando a nossa personalidade é mais adequada para uma ONG.

No Brasil, não há estatísticas. Mas não há dúvida que viver de forma diferente do que se é constitui uma violência cotidiana, que resulta em doença e neurose, quando não em fuga para os vícios, como o jogo, o álcool e as drogas.

(*) Maria da Luz Calegari, jornalista e consultora em desenvolvimento de pessoas, é autora de Parcerias de Cama e Mente – Como o Temperamento Tece as Relações (Ed. Ágora, 2008) e coautora de Temperamento e Carreira – Desvendando o Enigma do Sucesso (Ed. Ágora, 2006). Fale com ela pelo email [email protected] e/ou pelo Twitter @brpress.

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