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Efeito Avatar

(brpress) - Ao assistir a filme ou peça bons, estímulo sempre é positivo. Vi Avatar num cinema 3D e me deu uma vontade danada de dirigir outro longa. Por Paulo Betti.

Paulo Betti*/Especial para brpress

(brpress) – Amigos,

Quando vemos um filme ou uma peça de teatro bons, o estímulo sempre é positivo. Pra mim é assim. Vi Avatar num cinema de terceira dimensão e me deu uma vontade danada de dirigir outro filme.

O normal seria que eu pensasse em desistir. Avatar teve um orçamento de mais de US$ 100 milhões e  a maior arrecadação do cinema em todos os tempos. É tão mágico e estimulante, que saí da sala pensando em dar mais gás ainda ao projeto de filmar A Canção Brasileira.

Claro que não será um projeto em 3D, pois ele é ainda impossível para projetos de filmes de baixo orçamento – ainda mais no Brasil. Passei o filme todo pensando como o 3D é aplicável a qualquer filme. O cinema sempre desejou ser tridimensional. Imagino que até os filmes de Bergman ficariam bem em 3D.

Outro patamar

Sempre o cinema desejou transportar e envolver o espectador. Com o 3D, estamos dentro do filme. Não sou especialmente fã do cinema comercial americano, que rouba espaço nas nossas salas com produtos de qualidade muito baixa na maioria das vezes, e sei que Avatar traz consigo um pacote de outros filmes com quem os donos de cinemas terão que compor, mas é impossível recusar a tese que o cinema nunca mais será o mesmo depois desse filme.

O espectador agora conheceu uma espécie de néctar ou droga que ele não mais quererá abandonar. Os donos de cinema já perceberam isso e pretendem transformar as salas, adaptando-as para o 3D.
A experiência é única. Ainda mais quando se vê o filme dublado. Aí então o envolvimento é muito maior. Coisa positiva, pois ampliará o mercado de trabalho dos profissionais da dublagem, tão desvalorizados. Já fiz dublagem e posso afirmar que nossos dubladores são muito bons.

Guerra

Claro que muitas pessoas fazem objeção aos aspectos ideológicos do filme, como o fator expiação das culpas dos americanos pelas guerras e etc. Mas isso sempre foi assim. Os americanos fazem a guerra e depois o cinema fatura criticando a guerra. De qualquer maneira, a guerra seria feita – ela não é responsabilidade da indústria do cinema.

Ao contrário, acho que o filme tem uma mensagem muito edificante. Vai ajudar muito a conscientizar milhões de expectadores sobre os problemas causados pelas mineradoras na destruição das reservas ecológicas. Como todo filme padrão americano, é uma luta do bem contra o mal, como dizem os produtores, do “chapéu branco contra o chapéu preto”.
Mas como é requintado! Tecnicamente nunca se viu nada igual.

Para ficar

Tem gente que não gosta dos avatares e sua cor azul; outros têm preconceito mais simples com o fato de o filme ser campeão de bilheteria. A realidade  é que se trata de um fenômeno que veio para ficar. E esse fenômeno não me “acachapou” daquela maneira desacorçoante em que nos sentimos quando vemos uma coisa tão grandiosa que nos leva a sentir que, se não conseguiríamos fazer aquilo daquela maneira tão maravilhosa, que é melhor nem fazer nada.

Não! Me deu vontade de fazer um filme em 3D. Mesmo que seja para mostrar coisas simples como o quintal de minha casa. Histórias simples como o musical que pretendo filmar, A Canção Brasileira.
O roteiro está pronto. Estou com gás para ir atrás do dinheiro. Ainda mais que não é um projeto tão caro e difícil como Cafundó.

Chanchada 3D

A Canção Brasileira conta a história da formação da música brasileira. Os personagens são todos instrumentos musicais, ritmos e gêneros. É uma história muito singela, que tem sua origem no teatro musical dos anos 30, e também nas chanchadas de Oscarito e Grande Otelo.
Creio que será mais fácil conseguir dinheiro para esse filme do que para a história do nosso querido João de Camargo, que contamos em Cafundó. Vamos ver!

(*) Paulo Betti é ator e diretor.

Paulo Betti

Paulo BettiPaulo Betti é ator e direitor e sua coluna foi publicada pela brpress.

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