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Pinto no lixo

(São Paulo, brpress) - É como me sinto em Sorocaba. Ainda mais acompanhado de Noel e Adoniran! Viva seu Arnesto! Por Paulo Betti.

Paulo Betti*/Especial para brpress

(São Paulo, brpress) – Amigos,

    Foi muito bom o show apresentado no parque Campolim, em Sorocaba (SP), no último domingo (02/05), pela manhã. A idéia de juntar Adoniran Barbosa e Noel Rosa foi muito boa, mérito do músico Carlos Madia, que comandou uma excelente equipe que juntou alguns dos melhores talentos da cidade num espetáculo inesquecível.

    O público assistiu encantado a quase três horas de versões emocionantes dos clássicos dos dois compositores. Nenhuma canção importante ficou de fora. Muitas letras esquecidas foram trazidas, literalmente, à luz do sol da manhã. Eu não lembrava que Estrela Dalva era uma música do Noel.

    Na platéia, além de meus parentes, amigos e conhecidos, mais ou menos umas 7 mil pessoas. Gente a perder de vista, sentada debaixo das árvores, num lugar que parece ter sido inventado para a realização de espetáculos. Não foi à toa que meu amigo Daniel ( do restaurante), me convidou, há uns 20 anos, para o primeiro evento realizado naquele local, quando ali era apenas um matagal.

    Fiz a apresentação, na época, de um auto de Natal, com a participação de 200 crianças. Se algum empresário tiver a idéia de distribuir guarda-sóis, que o público devolverá no final – devolverá? ), vai se criar um ainda mais lindo espetáculo de cores e oferecerá conforto atenuando ao único senão do espetáculo: os melhores lugares, perto do palco, ficavam sob o sol inclemente.

    Elegância

    Tem gente que adora ficar ao sol, tem gente que tem cor de pele pra isso, mas eu vejo como um castigo insalubre os raios solares por tempo prolongado. Tem gente que vai preparado e então acontece um  show à parte de guarda-sóis e chapéus, como as lindas senhoras das filas da frente desfilavam. Nesse quesito, o espetáculo matinal lembrou a elegância dos grandes prêmios de turfe.

    O público foi o mais belo espetáculo. Visto do palco, ele perdia-se à distância e, pelo jeito, o show cumpriu o que prometia: divertiu e emocionou a platéia. O final, com os presentes fazendo uma grande roda e cantando de mãos dadas, foi algo inacreditável. Alguém tinha de escrever essa crônica!

    Pianistas

    Fiquei impressionado com os talentos que o Carlos Madia e seu parceiro Maurício Trindade, que teve a genial idéia de reunir Adoniran e Noel, conseguiram juntar.
Vibrei com dois jovens pianistas: Beto Corrêa, do grupo Bola Sete, que também arrasou na sanfona.

    Outro pianista genial é o João Leopoldo, que tocava com um prazer evidente, compondo as formações do Photocolors e do Mad Dog Blues. O vocalista do Photocolors, Hugo Rafael, é um fenômeno. Outro fenômeno é Claudinho Bossa Nova, se acompanhando na guitarra que toca apoiada sobre os joelhos, de uma maneira muito especial e diferente. Dizem que George Harrison tocava assim. Impagável fazendo o Gago Apaixonado, de Noel.

    O cenário reproduzia um boteco. Em alguns momentos me senti o próprio Rolando Boldrin naquele belo programa de televisão, Som Brasil.

    Ainda ganhei de presente um disco original, da peça que dirigi com Adilson Barros e Eliane Giardini, de Carlos Alberto Sofreddini, Na Carreira do Divino. Quem me trouxe, diretamente de um sebo de Belém, foi o grande Werinton Kermes.
Vou digitalizar o disco e colocar na Internet para consulta. Prometo passar o endereço eletrônico aqui pela coluna.

(*) Paulo Betti é ator e diretor. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Paulo Betti

Paulo BettiPaulo Betti é ator e direitor e sua coluna foi publicada pela brpress.

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