
Um mal silencioso
(brpress*) - Doença, que em alguns casos requer até transplante de córnea, é perigosa por se desenvolver de maneira discreta.
(brpress*) – Os problemas de visão, para muitas pessoas, se resumem a astigmatismo, hipermetropia e miopia. As outras doenças mais graves, por não afetarem uma parcela significativa da população, acabam tornando-se pouco discutidas e prevenidas, e, assim sendo, deixando os pacientes mais vulneráveis. Esse é o caso do ceratocone, que deixa a córnea mais fina – no formato de um ‘cone’ – devido à pressão interna dos olhos que a projeta para frente.
A doença, que é indolor e não-inflamatória, se caracteriza por um afinamento progressivo da porção central da córnea. Com esse afinamento, a pessoa percebe uma baixa na qualidade da visão, podendo variar o grau de acordo com o tecido corneano afetado.
Adolescência
Para o oftalmologista Waldir Portellinha, presidente do Conselho da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa, “este mal em 90% dos casos atinge os dois olhos e se inicia, geralmente, na adolescência, como uma espécie de miopização e astigmatismo no olho, podendo evoluir em alguns meses, ou, em outros casos, anos”.
O especialista afirma que, se a pessoa for diagnosticada em estado precoce da doença, a perda da visão poderá ser corrigida pelo uso de óculos. Já com o astigmatismo irregular e estágio mais avançado, é necessário o uso de lentes de contato rígidas.
Transplante
Em alguns casos, quando a doença atinge um grau avançado – em aproximadamente 20% dos casos –, o transplante corneano é a única saída. Para estes pacientes, o procedimento é rápido e prático.
“Não é necessária a internação, porém, a pessoa deve passar por um rígido acompanhamento ambulatorial. Após a intervenção cirúrgica, é realizado o ponto, que será retirado seis meses depois”, diz o especialista.
Após este período, o paciente necessitará de um check-up oftalmológico anual para evitar eventuais problemas de visão.
Conjuntivite X ceratocone
Muitas pessoas acreditam que coçar os olhos pode causar ceratocone, já que o contato do dedo com a córnea poderia prejudicá-la. O oftalmologista garante que quem sofre com esta doença costuma ter conjuntivite alérgica (coceira nos olhos), mas nem todas as pessoas que tem conjuntivite alérgica sofrem de ceratocone.
(*) Com informações da Ato Z Comunicação,