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Cabra Marcado Para MorrerCabra Marcado Para Morrer

A luta continua na tela

(Rio de Janeiro, brpress) - 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul começa nesta terça (27/11), com inéditos no Brasil como Chocó, visto por meio milhão na Colômbia.

(Rio de Janeiro, brpress) – Um total de 37 filmes, incluindo vários títulos inéditos no país, estão na programação da 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que acontece em 26 capitais estaduais brasileiras e o Distrito Federal. No Rio de Janeiro, a programação começa nesta terça ( 27/11), e segue até domingo (02/12), na Caixa Cultural, sempre com entrada franca.

    A Mostra tem o objetivo de celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948,  exibindo filmes produzidos recentemente nos países sul-americanos, criando espaços para que produtores e demais profissionais do cinema possam divulgar seus trabalhos relacionados ao tema.

Cabra bom

    O grande homenageado do evento em 2012 é o brasileiro Eduardo Coutinho, um dos mais importantes documentaristas da atualidade. Seu trabalho é reconhecido pela sensibilidade e pela capacidade de registrar as emoções e aspirações das pessoas comuns. Estão programados o clássico Cabra Marcado para Morrer (1984), premiado no Festival de Berlim; Santo Forte (1999), um mergulho na intimidade de católicos, umbandistas e evangélicos de uma favela carioca, e O Fio da Memória (1991), mosaico sobre a experiência negra no Brasil a partir da figura de um artista popular.
 
    A programação traz ainda uma série de títulos inéditos no circuito comercial como os longas-metragens Hoje, de Tata Amaral, e O Dia que Durou 21 anos, de Camilo Tavares. Neste, o diretor revela documentos secretos que confirmam articulações de governos norte-americanos para a derrubada do presidente João Goulart, seguida pela instauração da ditadura militar brasileira (1964-1985). Em Hoje, são abordados reflexos atuais de fatos ocorridos durante a ditadura e no elenco estão Denise Fraga e o ator uruguaio Cesar Troncoso. O filme foi o grande vencedor do Festival de Brasília, onde acumulou cinco premiações, inclusive de Melhor Filme e de Melhor Atriz.

Blockbuster colombiano

    Também inédito comercialmente no país, o colombiano Chocó, de Johnny Hendrix Hinestroza, foi lançado pelo Festival de Berlim deste ano e transformou-se em grande sucesso de público: meio milhão de pessoas assistiram ao filme na Colômbia. A obra destaca os problemas do desemprego, do desalojamento e da violência doméstica.
 
    Com sua estreia mundial no Festival de Berlim, o indicado oficial pelo Uruguai ao Oscar de Filme Estrangeiro, A Demora, mostra uma mulher de família pobre e sua luta para conseguir colocar o pai idoso em um asilo.  Assinado por Rodrigo Plá, o longa é inédito nas salas brasileiras.
 
    Maior bilheteria de um documentário em cinemas do Equador, Com o meu Coração em Yambo tem sua estreia brasileira na Mostra. Trata-se da história de uma família colombiana que foge da violência política de seu país e acaba tendo dois de seus filhos sequestrados e desaparecidos no Equador. A filha caçula María Fernanda Restrepo é a diretora do filme, e realiza uma viagem pessoal misturada à memória de todo um país marcado por sua história.

Último Chá

    Longa-metragem inédito no Brasil, o paulista Último Chá, de David Kullock, focaliza um solitário que vive em um velho casarão em demolição e cujo filho foi assassinado pela ditadura militar. Bruno Perillo e Antonio Petrim lideram o elenco.

    Duas obras focalizam a Lei Maria da Penha, que alterou o Código Penal Brasileiro, permitindo que agressores de mulheres no âmbito doméstico sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada: o média-metragem O Silêncio das Inocentes, de Ique Gazzola, e o curta Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional, de Felipe Diniz. A lei, como todos sabem, leva o nome da biofarmacêutica cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido.

Frades clandestinos

    Na programação consta ainda Elvis & Madona, longa vencedor do Prêmio da Associação de Correspondentes Estrangeiros (ACIE) nas categorias Melhor Ator (Igor Cotrim), Melhor Atriz (Simone Spoladore), Melhor Diretor (Marcelo Laffitte) e Melhor Filme, segundo o júri popular. O divertido enredo acompanha o envolvimento de um travesti com uma jovem entregadora de pizza.

Frade
    Já Batismo de Sangue, dirigido por Helvécio Ratton, conta a participação de frades dominicanos na luta clandestina contra a ditadura militar brasileira, no fim dos anos 1960. Adaptado do livro homônimo de Frei Betto, vencedor do Prêmio Jabuti, o filme ganhou os prêmios de Melhor Direção e Melhor Fotografia no Festival de Brasília.
 
    As projeções da 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul acontecem nas principais capitais brasileiras.  Em todos os locais há acessibilidade a pessoas com deficiência e as sessões contam com sistema de audiodescrição e de closed caption (voltadas a deficientes visuais e auditivos, respectivamente).

    As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Exibição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem curadoria do cineasta Francisco Cesar Filho.
     
Programação completa: www.cinedireitoshumanos.org.br

Caixa Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1

Av. Almirante Barroso, 25; (21) 3980-3815
terça-feira a domingo, das 10h às 20h
78 lugares (mais 3 para cadeirantes)
Acesso para pessoas com deficiência
Entrada franca

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