Arrombando A Festa
(brpress) - Ácido como o Brexit , o novo filme da diretora e roteirista Sally Potter mostra que na política, como na vida, rir é sempre o melhor remédio. Por Juliana Resende.
Ácido como o Brexit, novo filme da diretora e roteirista Sally Potter mostra que na política, como na vida, rir é sempre o melhor remédio.
(brpress) – Quero uma festa punk. O refrão da música Festa Punk, dos Replicantes, poderia bem ser cantarolado pelos convidados em A Festa (The Party, Reino Unido, 2017). Ácido como o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), o novo filme da diretora e roteirista Sally Potter (Ginger & Rosa) pode soar “cabeça” demais se explicado por ela: “Uma reflexão sobre política partidária cuja realidade, assim como em nossas vidas, se torna distorcida”. A Festa é uma cusparada na hipocrisia pública e privada. Não sem música boa, embalando atentados ao pudor e aos bons costumes.
Funcionária do mês
Kristin Scott Thomas é Janet, que está celebrando sua nomeação como a nova ministra da Saúde, chama poucos e bons amigos para uma festinha. A ideia é comemorar o ápice de sua longa ficha corrida de serviços prestados ao Partido Trabalhista (a sigla não é mencionada, mas fica claro que se trata do Labour, cujos dogmas são afinetados nos diálogos inteligentes entre os personagens).
A medida em que os convidados vão chegando fica evidente que a noite será uma tragédia: April, uma americana cínica e sem papas na língua (Patricia Clarkson, impagável), seu marido alemão esotérico Gottfried (Bruno Ganz), o casal de lésbicas Martha (Cherry Jones) e Jinny (Emily Mortimer), com uma diferença de idade abissal, e o banqueiro cocainômano Tom (Cillian Murphy, o Thomas Shelby de Peaky Blinders).
(Juliana Resende/brpress)
#festas
Foto: Kristin Scott Thomas em cena de A Festa: ambição à prova da hipocrisia. A2 Filmes/Divulgação
Assista ao trailer de A Festa: