Berlinale começa com Wong Kar-wai
(Berlim, brpress) - Berlinale abriu na última quinta (07/02), num clima de artes marciais, com O Grande Mestre, do cineasta chinês. Por Rui Martins.
(Berlim, brpress) – A Berlinale, ou Festival Internacional de Cinema de Berlim, teve abertura oficial na última quinta (07/02), num clima de artes marciais, com O Grande Mestre, do cineasta chinês Wong Kar-wai. Na verdade dois mestres: o herói do filme Ip Man, exímio lutador de Kung Fu, arte marcial também chamada de Wing Chun, e o diretor do filme, já premiado em Cannes e presidente do júri da competição, razão pela qual o filme está fora de concorrência.
Num cenário épico, vivem duas personagens, um homem e uma mulher, num momento crítico da China, 1936, pouco antes da invasão japonesa. “Será uma festa de impressões visuais e corpos acrobáticos”, garante o Festival, que já desenrolou o tapete vermelho para receber os ícones dos dez dias de projeções de filmes, a maioria ainda inéditos.
A competição será das mais difíceis este ano, pois reúne diretores e astros renomados – Gus Van Sant, Steven Soderbergh, o iraniano Jafar Panahi, Juliette Binoche, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Matt Damon, todos presentes em suas novas estréias.
Haiti
Mas o clima não será só de festa – e isso é uma marca da Berlinale. Pouco antes da projeção de abertura, outro filme questiona, critica, busca uma explicação. É Assistance Mortelle, de Raoul Peck, sobre o terremoto do Haiti e o que se fez ou não se fez até hoje, em favor do sobrevientes. Peck é haitiano, vive na França e é conhecido desde Locarno por seu cinema entre arte e política.
Dois filmes africanos, na mostra Panorama, merecem nossa atenção – Burn it Up Djassa, da Costa do Marfim, de Lonesome Solo, e a coprodução da Guiné Bissau com Portugal, dirigida pelo cineasta português, João Viana, A Batalha de Tabatô. Há ainda dois filmes palestinos, um documentário e outro na mostra Forum.
(Rui Martins/Especial para brpress)