Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

aul Bettany: divino como Charles Darwin.	aceshowbiz.comaul Bettany: divino como Charles Darwin. aceshowbiz.com

Criação domestica Darwin

(brpress) - Charles Darwin é um homem de alma torturada – quase um artista incompreendido pela família e amigos – em Criação, agora nos cinemas brasileiros. Por Juliana Resende.

(brpress) – Charles Darwin (1809-1882) é um homem de alma torturada – quase um artista –, na pele de Paul Bettany, em Criação (Creation, Reino Unido, 2009), em cartaz no Brasil. O filme britânico não fez muito estardalhaço no Reino Unido, nem no bicentenário de nascimento do gênio da biologia. No entanto, pela riqueza do personagem, o filme vale a sessão.

    O cineasta inglês Jon Amiel opta pela sobriedade e investe no lado família de Darwin – tão prejudicado devido à intensa dedicação do cientista à teoria da evolução. Biografias contam que ele passava horas e dias trancafiado em seu laboratório e, quando à mesa, para jantar parecia um ET no mundo da lua. Em Criação Darwin é infantilizado e assombrado pelo fantasma da filha Annie (brilhantemente interpretada por Martha West).

    Criacionismo

    É também mau-humorado e tido como louco em alguns momentos mais críticos de seus “delírios” pela mulher carola (Jennifer Connelly, também no mesmo “papel” na vida real) e pelo reverendo (Jeremy Northan, também genial), amigo da família e a quem Charles cutuca com certa revolta, questionando o absolutismo e obscurantismo das leis divinas, assim como o criacionismo – que ainda, cerca de 150 anos depois do revolucionário A Origens das Espécies, encontra espaço na humanidade.

    Há quem critique o fato de Charles Darwin ser tão impressionado com a doença e morte de Annie e de não poder tido salvo a garotinha de seus olhos – mesmo munido de tanto estudo. Mas o mérito do filme é justamente dar uma roupagem humana e frágil ao carrancudo e cabeçudo homem que deixou o mundo boquiaberto no século 19 e ainda perplexo diante do seu conhecimento no século 21.

    Prepare-se para um dramalhão mascarado de duelo entre o emocional e o racional, a ciência e a religião, a crença e a demonstração, a vida e a morte.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate