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Simone SpoladoreSimone Spoladore

Decantando Simone Spoladore

(brpress) - "O personagem vai decantando dentro da gente", diz Melhor Atriz do Festival de Gramado, sobre seu processo de criação, em exclusiva a Rod Carvalho.

(brpress) – Ela é discreta e só tem 30 anos, mas em 15 de carreira, já fez quase 20 filmes, 11 peças, quatro novelas e uma minissérie.  Simone Spoladore agora tem em casa um dos maiores prêmios cinematográficos do país. Ela levou o Kikito de Melhor Atriz brasileira, por Não se Pode Viver sem Amor, no 38º Festival de Cinema de Gramado, encerrado no último final de semana.

Além do filme de Jorge Durán, Simone estava em outros dois longas-metragens no festival: o documentário O Último Romance de Balzac e a comédia Elvis e Madona, em que ela interpreta uma lésbica que se apaixona por um travesti (Igor Cotrim).

Os Maias

Paranaense nascida em Curitiba, Spoladore ganhou seu primeiro papel na televisão em 2001, quando interpretou Maria Monforte, na minissérie Os Maias, sob direção de Luiz Fernando Carvalho. No mesmo ano estreou o premiado filme Lavoura Arcaica (1998), que tornou a atriz mais conhecida e reconhecida por seu trabalho.

 Com 16 anos estreou profissionalmente nos palcos de Curitiba e começou a filmar alguns curtas-metragens. Na televisão, Spoladore participou de novelas como Esperança, América e O Profeta. Depois de estrear no cinema, em Lavoura Arcaica, e ser indicada ao Grande Prêmio BR de Cinema de Melhor Atriz, ela foi novamente aplaudida por Desmundo (2002). 

Cinema

Entre outros filmes, fez O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) e Primo Basílio (2007). A atriz integra também o elenco dos filmes Luz das Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, de Helena Ignez e Ícaro Martins, feito a partir de roteiro de Rogério Sganzerla, de quem Helena é viúva. 

Com esse longa-metragem, Simone também foi vista com destaque na Mostra Competitiva no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, que divulgou o filme na Europa. Em Sudoeste, de Eduardo Nunes, (previsto para estrear este ano) Spoladore é a protagonista, Clarisse, uma menina que nasce de manhã, envelhece à tarde e morre à noite.

Na entrevista exclusiva a seguir,  Simone Spoladore fala sobre o início de sua carreira, filmes que fez, preparação para os papéis e muito mais. 

Você ganhou o troféu de melhor atriz no Festival de  Gramado esse ano pelo  filme Não Se Pode Viver Sem Amor. Fale sobre esse  trabalho e como foi pra você receber essa láurea?
Simone Spoladore – Adorei trabalhar com o Durán, gosto da simplicidade com que ele enxerga o cinema e tive momentos inesquecíveis com os meus colegas. Foi uma grande oportunidade e estou muito agradecida. 

Quando surgiu essa vontade de ser atriz? Como e quando você começou? 
SS – Comecei a fazer balé clássico aos 6 anos, queria ser bailarina. Aos treze fui fazer teatro na Associação Atlética do Banco do Brasil com um cara muito especial chamado Tabriz Vivekananda. O primeiro trabalho que fizemos foi sobre As Brumas de Avalon – o espetáculo tinha umas seis horas de duração. Imagine! Foi ali que me apaixonei pelo teatro. Nos espetáculos de dança que fazíamos no Teatro Guaíra sentia muito prazer em ficar horas ensaiando e vivendo no escurinho da coxia.  

Quais cursos de interpretação você fez e qual foi o mais importante? 
SS – Fiz alguns cursos, mas a minha formação aconteceu na prática. Aprendi muito trabalhando com teatro em Curitiba. Fiz minha primeira peça profissional aos 16 anos. Chamava-se Meno Male. E depois não parei mais. Em 1998, fiz a primeira peça com o Felipe Hirsh (de A Vida é Cheia de Som e Fúria), e depois no Rio fiz oficinas com o Amir Haddad e o Zé Celso.  

Como é, para você, trabalhar um personagem, sua entrega  para o papel, desde  quando você recebe o roteiro até o dia da filmagem? 
SS – Cada filme é um processo diferente. Em geral quando o filme demora para ser feito o personagem vai decantando dentro da gente. De vez em quando a gente lembra dele e vai fazendo associações, descobrindo pequenas coisas. Depois, depende do estímulo que recebemos na preparação, nos ensaios. E quando não tem ensaio também é muito bom a gente descobre na hora.

Como foi a experiência de trabalhar  com um grupo de atores famosos, como Selton Mello e Raul Cortez? 
SS – Tive a sorte de  trabalhar em Lavoira Arcaica e tentei absorver e aprender ao máximo tudo. Foi muito especial. 
Quais são seus novos projetos no cinema?

SS – Ano que vem vai estrear Sudoeste, de Eduardo Nunes. Estou filmando A Musa Impassível, de Marcela Lordy, para a TV Cultura (SP) e vou fazer em 2011 Sobre a Neblina, da Paula Gaítan.

(Rod Carvalho/Especial para brpress)

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