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Maggie Smith em cena de QuartetMaggie Smith em cena de Quartet

Dustin Hoffman atrás da câmera

(Londres, brpress) –  Após 40 anos, ator estreia como diretor em Quartet, um dos melhores filmes exibidos no London Film Festival. Maysa Monção esteve com ele.

(Londres, brpress) – Foram precisos 40 anos para que Dustin Hoffman fizesse seu primeiro filme como diretor. A espera valeu a pena. Quartet é um dos melhores filmes até o momento exibidos na 56ª. edição do London Film Festival, o Festival de Cinema de Londres.

    Sempre bem-humorado, o ator disse que estava “na menopausa”, ao tirar o paletó, antes de começar a responder as perguntas dos ávidos jornalistas, numa  entrevista coletiva, na última segunda-feira (15/10). A brincadeira, é claro, dialoga com o roteiro do filme.

    Quartet é baseado na peça de Ronald Harwood, cujo cenário principal é uma casa para idosos em que cantores de ópera – Cissy (Pauline Collins), Reginald (Tom Courtenay) e Wilf (Billy Connolly) – vivem.  Todo ano, eles organizam um concerto para celebrar o compositor Giuseppe Verdi.

    Mas este ano as coisas se complicaram, pois a grande diva dos palcos, Jean (Maggie Smith), se muda para a casa. Ela é ex-mulher de Reginald, e há uma leve tensão no ar, com segredos e confusões na trama.

Aprendiz, sempre

    “Quando se é ator, você não é capaz de ver onde o filme vai dar. Você não tem a dimensão do processo inteiro. Mas, agora, como diretor, foi diferente. A primeira coisa que um diretor deveria fazer, ele não faz. Você aprende com os atores.”  

    Hoffman se refere aos diretores que, durante as filmagens, ficam balbuciando cada fala do ator. Segundo ele, isso é a pior coisa que pode ocorrer, porque revela que o diretor já tem tudo fechado na cabeça e não está aberto a nenhuma outra experiência que lhe aconteça.

    Ao contrário, em Quartet, os atores foram incentivados a improvisar, e isso obviamente dá o tom de leveza em todo o filme. Na verdade, o filme é construído num intenso contraste, já que a ópera Rigoletto é uma tragédia.

    Cena forte é a em que Maggie Smith, na solidão do quarto semi-escuro, mostra a fragilidade de uma soprano que abandonou o canto e foi abandonada pela família. Tudo muito simples, cinematograficamente: a câmera em zoom out e a ária de Verdi. Mas, ainda assim, de uma eficiência ímpar.

Gilda

    A enviada especial da brpress perguntou a Pauline Collins se havia qualquer referência à Gilda, de Rita Hayworth, uma vez que o nome é citado no filme, sempre repetido nos cantos e nas falas. “A Gilda seria eu. É uma ideia maravilhosa referir-se à Rita, mas não foi nisso que pensamos.”

    Sheridan Smith, a caçula do elenco, afirmou: “Foi emocionante estar no set com todas estas pessoas. Entre uma cena e outra, os músicos continuavam a tocar. E me contaram cada história!”

    Perguntado sobre qual conselho Tom Courteney daria aos jovens atores de cinema, ele disse: “Não faça nada”. Ele fecha as mãos num quadrado, enfocando o próprio rosto. “Porque, num filme, nada é tudo.”  Hoffman conclui: “Você precisa se proteger. Você não vai para a sala de edição.”

(Maysa Monção/Especial para brpress)

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