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Carey Mulligan e Peter Sarsgaard em cena de Educação: sonhadores.DivulgaçãoCarey Mulligan e Peter Sarsgaard em cena de Educação: sonhadores.Divulgação

Educação para a vida

(brpress) - Filme com roteiro de Nick Hornby é pura sedução e, já que concorre a Oscar de Melhor Filme, pode dar uma lição a Avatar. Por Juliana Resende.

(brpress) – Uma moça jovem – estudante – conhece um cara mais velho. Ele é chique, é educado sem ser careta, é culto, interessante e, belo dia, dá carona a ela e seu violoncelo – afinal, está uma chuva de verão (sim, isso existe no Reino Unido também) de rachar e ele insistiu – galantemente, é claro.

    Relutante, a garota aceita inicialmente a carona para o instrumento; depois, resolve entrar no carro e, daí para frente, é só sedução. Assim é Educação (An Education, 2009, Reino Unido) – que concorre ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz para Carey Mulligan, que já levou o Bafta de Melhor Atriz, e Melhor Roteiro Adaptado.

Inteligente

    Mais uma vez, o responsável pelo charme, leveza e inteligência do filme inglês de baixo orçamento – que, piada à parte, pode segundo a Academia  de Artes e Ciências de Hollywood, dar uma lição a Avatar –, é o escritor Nick ‘ Alta Fidelidade’ Hornby, que assina o roteiro.

    É claro que Mulligan está realmente ótima em sua estreia num papel principal na pele da precoce Jenny, determinada a garantir uma vaga em Oxford, louca pela literatura e música franceses e prontinha para queimar o sutiã – coisa que ela ainda não sabe, mas que o novo amigo e namorado em potencial David (Peter Sarsgaard) vai ajudá-la a descobrir com muito glamour.

    Embalos sessentistas

    Como não podia deixar de ser, Educação tem uma trilha sonora excelente dos anos 60, e é embalado por uma vibe vibrante, de começo de namoro, de década, da contra-cultura, da revolução sexual, filosófica, política e comportamental. Nesse sentido, o diretor Lone Scherfig consegue passar bem o clima de turbilhão hormonal e emocional que toma Jenny de assalto, mergulhado no ambiente suburbano e tedioso em que a garota vive.

    O mote do filme é mostrar a importância de sair do casulo em que se vive e buscar novas experiências – em todos os níveis e todos os sentidos. Mesmo que machuque, em alguns aspectos, o bem-aventurado e atrevido só tem a ganhar aprendendo– seja na vida, seja na academia.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, CCO da brpress, autora do livro Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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