
Espivetada Spoladore
(brpress) - Não bastassem os filmes Elvis & Madona e Natimorto, Simone Spoladore entra em cartaz nesta sexta, (06/05), com mais um: Não Se Pode Viver Sem Amor. Vanessa Wohnrath entrevista a atriz.
(brpress) – A curitibana Simone Spoladore, 32 anos, é uma das melhores e mais ocupadas atrizes da nova geração. A carreira no cinema começou com ela vivendo a silenciosa e ao mesmo tempo comunicativa Ana, no forte Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho.
De lá para cá, Spoladore ainda trabalhou em Desmundo (2003), Vestido de Noiva (2006) e O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias (2006). Até esta sexta-feira (06/05), ela estava em cartaz com dois filmes: Elvis & Madona e Natimorto. Agora estrela mais um: Não Se Pode Viver Sem Amor.
Trata-se de um drama com toques sensitivos, no qual vive Roseli, uma mulher decidida a encontrar o pai de Gabriel, menino do qual ela cuida. O elenco do filme conta também com Cauã Reymond, Fabíula Nascimento, Ângelo Antônio e o estreante Victor Navega Motta.
De táxi à guerrilha
Na televisão, após viver a vilã Verônica, em Bela, a Feia (2009), ela retorna agora na nova novela da Record, Vidas em Jogo, que estreou na última terça-feira (03/05). No folhetim, ela é a taxista Andrea.
Fazer novela não fez Spoladore diminuir o ritmo. Nesta semana começam as filmagens de Sala de Espera, de Lúcia Murat, no qual ela será a guerrilheira Ana.
Em entrevista exclusiva por e-mail, Simone Spoladore conversou com a brpress sobre a carreira e o novo filme, Não Se Pode Viver Sem Amor.
Sua personagem em Não Se Pode Viver Sem Amor está em busca de quê?Simone Spoladore – Roseli cuida de Gabriel, filho de uma paixão antiga. Ele a abandonou e deixou o filho com ela. Acredito que Roseli seja uma mulher madura, sofreu com o abandono, mas superou a tristeza e leva sua vida normalmente até que Gabriel cresce e sente vontade de conhecer o pai. É uma mulher generosa e equilibrada e acredito que, como qualquer pessoa, ela está em busca da felicidade, de amor e de si mesma.
No filme você trabalha com o estreante Victor Navega Motta. Como foi essa interação com um ator novato e tão jovem?SS – Trabalhar com crianças é sempre transformador. Eu adoro! Atores crianças estão vivos em cena e para contracenar com eles é preciso estar presente. Escutar, sentir e, principalmente, se divertir. No caso do Victor é maravilhoso, porque além de ser um ótimo ator, é também um cara muito legal e nos tornamos amigos. Fizemos mais um filme juntos, Sudoeste, do Eduardo Nunes, e neste filme somos irmãos.
Quais as diferenças ou semelhanças entre suas personagens de Não Se Pode Viver Sem Amor, Natimorto e Elvis & Madona?SS – A Roseli, de Não Se Pode Viver Sem Amor e a Elvis, de Elvis e Madona, são personagens que lidam o tempo todo com o real. A Voz, de Natimorto é mais lunática e fantasiosa. Elvis é fotógrafa, trabalha entregando pizzas e se apaixona por um travesti. É um personagem andrógino, com características masculinas e femininas. A Voz tem a fantasia de ser uma grande cantora e ninguém, a não ser o Agente, escuta o que ela canta, um personagem mais louco. Já a Roseli é uma mulher pé no chão, simples e generosa.
Desde o filme Lavoura Arcaica até agora, como você avalia sua carreira no cinema?SS – Eu amo fazer cinema. O meu trabalho me ajuda a viver melhor, tenho certeza disso. Investigar esses universos, me dedicar a um personagem me dá um prazer intenso. Fiz personagens muito diferentes, em filmes com linguagens diferentes. Sinto-me abençoada por isso e espero poder trabalhar muito mais.
No momento, você está gravando a novela Vidas em Jogo. Em função disso, vai dar um tempo no cinema ou vai manter projetos paralelos?SS – Vou manter projetos paralelos. Esta semana começo a filmar o novo filme da Lúcia Murat, no qual interpreto uma guerrilheira chamada Ana, inspirada em Vera Silvia Magalhães.
(Vanessa Wohnrath/Especial para brpress)