Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Planeta dos Macacos: humanos tornam-se símios e estes se convertem em predadores de humanos. DivulgaçãoPlaneta dos Macacos: humanos tornam-se símios e estes se convertem em predadores de humanos. Divulgação

Ficção e realismo no Planeta dos Macacos

(Londres, brpress) - Único império que pode cair e que está relacionado a este filme é o do proprietário do estúdio que o produziu: Rupert Murdoch. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Os chimpanzés compartilham 99.4% de seus genes com os seres humanos, em estado natural, fabricam utensílios e lanças e, em cativeiro, podem ler e escrever centenas de signos. O filme Planeta dos Macacos – A Origem (The Rise of the Planet of the Apes, 2011), que estreia no Brasil nesta sexta (26/08), é uma obra mestra das novas tecnologias, ainda que proponha algo impossível: que num futuro próximo, uma aliança entre chimpanzés, gorilas e orangotangos (três espécies distintas e que juntas não contam nem um milhão de indivíduos) pudesse destruir a tecnocivilização dos sete bilhões de seres humanos. 

A produção também não mostra que, faz alguns milênios, nosso planeta estava “conquistado” por um ramo de símios. No filme, grandes primatas se libertam de suas jaulas, em São Francisco, derrotam a polícia dos EUA e se refugiam num bosque, esperando que o mesmo vírus que os tornaram inteligentes venha contaminar os humanos.

Enquanto assistia ao filme – no qual, se supõe, a polícia deixará que os primatas agressores se desenvolvam em liberdade –, nas ruas próximas ao cinema, em Londres, as forças da ordem encurralavam mais de mil pessoas que promoviam manifestações de rua.

Sem nexo

Resulta inaudito sugerir que os EUA não pudessem ou buscassem abafar um levante promovido por outras espécies e que, ademais, cairiam não sob a ação de russos, marxistas, muçulmanos, latinos ou extraterrestres mas diante de grandes primatas.

O único império que pode cair e que está relacionado a este filme é o do proprietário do estúdio que o produziu: Rupert Murdoch.

Troca de papéis

Entre o resgatável desta produção, à exceção de seu provocador argumento e seus efeitos especiais, está a maneira de mostrar quando os humanos tornam-se macacos e como estes se convertem em predadores de humanos.

Os chimpanzés compartilham 99.4% de seus genes com os seres humanos. Em estado natural, fabricam utensílios e lanças e, em cativeiro, podem ler e escrever centenas de símbolos.

Até cerca de seis milhões de anos, os ancestrais dos macacos e dos humanos poderiam se cruzar entre si. Para a ciência, todos os humanos são símios e todos os símios são hominídeos.

Genealogia

Esta nomenclatura classifica os humanos (e os nossos antepassados homo sapiens ou australopitecos) como parte da mesma tribo hominini, que inclui os chimpanzés e bonobos. Os homininis e os gorilas são parte da subfamília dos hominídeos, que, com os orangotangos, integram a família hominídea.

Os hominídeos e as quatro espécies vivas de gibões são parte da superfamília de ‘humanóides’, à qual integra a árvore dos primatas catarrinos – ou macacos do velho mundo.

Para a ciência, os chimpanzés, assim como os humanos, são hominis, homininos, hominídeos e humanóides. Especialistas da National Geographic, entretanto, propõem reclassificar os chimpanzés como um outro gênero humano: o homo troglodytes.

Todo esse troca-troca não é um homicídio à linguagem, mas um reconhecimento de que, aqueles que estamos caçando e enjaulando, são nossos familiares.

A situação proposta em Planeta dos Macacos – A Origem não deverá jamais ocorrer, pois já faz muitos anos, quando uma tribo destas começou a se multiplicar, aprendeu a cultivar, urbanizar-se e colonizar todos os rincões do globo: a nossa.

Assista abaixo ao trailer de Planeta dos Macacos:

https://www.youtube.com/watch?v=f8D2NIGEJW8

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e PolíticaEconômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latinapela London School of Economics. É um dos analistas políticoslatino-americanos mais publicados do mundo. Tradução: Pepe Chaves. Fale com ele pelo [email protected] ou pelo Twitter @brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate