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Cena de Guerra ao Terror: que venha o Oscar.DivulgaçãoCena de Guerra ao Terror: que venha o Oscar.Divulgação

Guerra ao Terror rumo ao Oscar

(brpress) - Após ter sido aclamado pelo British Academy of Film and Television Arts, filme sobre ocupação do Iraque se aproxima da premiação-mor. É uma bomba prestes a explodir Avatar? Por Eliane Maciel.

(brpress) – Após suas indicações no Globo de Ouro, seu prêmio Gucci, no Festival de Veneza, sua consagração no Bafta (prêmio da British Academy of Film and Television Arts), além de outras cinqüenta e tantas premiações e quarenta e poucas indicações em nove festivais de cinema mundiais, Guerra ao Terror (The Hurt Locker, EUA, 2008), da diretora Kathryn Bigelow (ex-mulher do cineasta James Cameron, diretor de Avatar) se prepara para receber (ou não) pelo menos alguns de seus nove Oscar, aos quais está indicado – assim como Avatar.
 
No Bafta, o longa saiu com seis premiações: melhor filme, direção (Kathryn Bigelow), roteiro original (Mark Boal), som, edição e fotografia, já desbancando o que seria seu maior concorrente, Avatar. Agora a expectativa só aumenta. O que vai acontecer no Oscar, dia 07/03?
 
O engraçado é que já estamos acostumados às grandes produções feitas para o cinema com a temática bélica. Os filmes Platoon, de 1986, do diretor Oliver Stone, Apocalypse Now, de 1979, de Francis Ford Coppola, e A Lista de Schindler, de 1993, de Steven Spielberg , são clássicos além de exemplos de que esta premissa atrai e funciona.

Visão original
 
Saem Vietnã e Segunda Guerra e entra o Iraque. E Kathryn Bigelow consegue explorar um lado ainda não “batido” desta guerra, expondo a crueldade estarrecedora de forma tão natural, chocante e ainda assim, simplista. Guerra ao Terror não é um filme de guerra. É um filme sobre vidas, escolhas, crenças, comportamento humano e morte.

Para tanto, o filme mostra os últimos dias de um esquadrão de elite especializado no desarme de bombas no Iraque, com o soldado James (brilhantemente interpretado por Jeremy Renner) – um dos melhores, apesar de certa irresponsabilidade –  à frente, como líder substituto do anterior, que morrera em missão.

Ela aborda o cotidiano desses soldados de uma forma peculiar em relação às câmeras (o slow motion super 16-mm usado para algumas cenas são inesquecíveis, assim como as imagens de vídeo amador reproduzindo a visão do robô), à edição, à trilha sonora e aos momentos de silêncio –causadores de uma tensão notória.

Sem carnificina

O protagonista, apesar de ter uma vida fora do batalhão, assume que, em sua existência, seu coração desenvolvera amor de verdade somente por uma coisa: seu trabalho. Talvez por possuir uma perspectiva feminina e não tentar esconder isso em seu trabalho, Kathryn Bigelow consiga manter uma posição neutra a respeito de sua opinião quanto à guerra (ela deixou claro que é contra em discurso no Bafta) e faça deste seu trabalho uma obra sutil e poderosa, sem quaisquer acúmulos desnecessários de sangue, corpos, mutilações e armamentos.
 
A trilha sonora também chama a atenção, principalmente quando descobrimos que algumas músicas são da banda Ministry – que gravou o álbum Rio Grande Blood, uma crítica musical desvairada contra a guerra do Iraque e a administração de George W. Bush.
 
(Eliane Maciel/Especial para brpress)

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