Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Cena de RioCena de Rio

Há vida animada além da Disney

(brpress) - Estreia de Rio nesta sexta (08/04) mostra que filmes do estúdio de Mickey Mouse têm concorrência cada vez mais forte. Por Vanessa Wohnrath.

(brpress) – Bambi, Dumbo, Pinóquio, Mogli, Branca de Neve. Estes são alguns dos personagens da literatura que ganharam vida em animações memoráveis. A Walt Disney Company, criada em 1923, com o nome de seu fundador, é a responsável por essas obras. Desde então, as animações são a marca registrada do estúdio e sinônimo de produções de extrema qualidade. Mas esta hegemonia está mudando.

Tendo Mickey Mouse como símbolo do estúdio, hoje, o ratinho é ofuscado por outros personagens da Disney, vindos de animações tradicionais, como A Pequena Sereia (The Little Mermaid, 1989) e O Rei Leão (The Lion King, 1994), ou de animações digitais, como Toy Story (1995) e Procurando Nemo (Finding Nemo, 2003).

A computação gráfica escreveu um novo capítulo na história da Disney, com a aquisição da Pixar. Porém, a tecnologia mais acessível abriu mais portas para outros estúdios investirem em animações e fazerem frente à concorrência da poderosa Disney/Pixar.

O voo da arara

Se a Disney/Pixar tem os personagens Woody, Sulley e Nemo, outros estúdios como, Dreamworks Animation, BlueSky e Universal, têm Shrek, Scrat, Bob Esponja e Blu, o novato da turma. Este é a arara azul domesticada da animação Rio, que estreia nesta sexta-feira (08/04).

O filme é do brasileiro Carlos Saldanha, que dirigiu a trilogia A Era do Gelo (Ice Age, 2002/2006/2009). Ele abandona o frio do período glacial e explora, agora, o calor dos trópicos – mais especificamente, do Rio de Janeiro.

A Cidade Maravilhosa é o pano de fundo para a aventura de Blu. Ele, em companhia da dona, Linda, sai de uma cidadezinha do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, e vai para a capital fluminense. Sua espécie está ameaçada de extinção e, por isso, precisa conquistar o amor da arara Jade e, assim, manter a linhagem.

Rivalidade de peso

Nos Estados Unidos, o atual campeão de bilheteria, é o misto de animação e live-action Hop – Rebeldes Sem Páscoa (Hop, 2011), que pertence ao estúdio Universal. No clima do feriado que vem chegando, o Coelho da Páscoa é atropelado. Enquanto ele não se recupera, a farra dos doces fica ameaçada.

A principal concorrente da Disney/Pixar é a Dreamworks Animation. O filme inaugural do estúdio foi Formiguinhaz (Antz, 1998). De lá para cá, surgiram animações de qualidade e de sucesso nas bilheterias. A quadrilogia Shrek (2001/2004/2007/2010) é a mais popular, que rendeu aos cofrinhos da Dreamworks Animation quase R$ 3 bilhões pelo mundo.

Tanto sucesso com Shrek faz com que o estúdio lance um spin-off, com o personagem Gato de Botas, na animação de mesmo nome, que estreia no dia nove de dezembro. É bem provável que o felino com olhar de piedade conquiste mais uma vez o público e abocanhe uma boa graninha.

Ainda este ano, a Dreamworks lança Kung Fu Panda 2  (10/06) e até 2014 vêm com as continuações de Madagascar 2 – A Grande Escapada (Madagascar: Escape 2 Africa, 2008)  e Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon, 2010).

Meio termo

Quem pensa que animação é só coisa de criança está muito enganado. Animações que dialogam tanto com as crianças quanto com os adultos são uma constante na indústria cinematográfica. Uma mesma animação consegue agradar a um variado público, que aprecia o filme de diferentes formas.

Enquanto os pequenos se divertem com as trapalhadas dos personagens, os jovens e adultos se deleitam com o conteúdo repleto de piadas, ironias, referências e sátiras à sociedade. Os filmes da série Shrek são clássicos exemplos.

Somente para adultos

Produções cômicas com cara de desenho infantil, como Beavis and Butt-head Conquistam a América (Beavis and Butt-Head Do America, 1996), South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes (South Park: Bigger Longer & Uncut, 1999) e Os Simpsons – O Filme (The Simpsons Movie, 2007), também pegam carona na temática irônica e sarcástica.

Já outras animações se voltam ao universo adulto em histórias que beiram a realidade visual. Waking Life (2001) filosofa sobre o mundo dos sonhos. O triste Mary e Max, Uma Amizade Diferente (Mary and Max, 2009) trata de uma menina e de um homem, que trocam cartas ao longo dos anos.

Film Noir (2007), Renaissance (2006) e Metropia (2009) embarcam no suspense paranoico e investigativo.

Outros territórios

O cinema de animação cresce para todos os lados – e o Brasil não fica de fora. A produção 100% nacional ganha espaço na televisão. Peixonauta, Meu Amigãozão, Escola Pra Cachorro e Princesas do Mar são sucesso entre a garotada.

No começo do ano, foi lançado Brasil Animado, primeiro longa-metragem nacional, em 3D. A mão-de-obra brasileira tem sido muito requisitada fora do país. O já citado Carlos Saldanha e muitos outros engrossam a lista, como Marcelo de Moura, da produtora santista LightStar Studios.

Moura e sua equipe, ficaram responsáveis pela criação de personagens da animação O Segredo de Kells (The Secret of Kells, 2009), uma coprodução entre França, Bélgica e Irlanda, indicada ao Oscar.

O Japão é um país com forte produção animada, grande parte baseada em mangás. Um importante nome deste gênero é Hayao Miyazaki, responsável pelo oscarizado A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi, 2001) e O Castelo Animado (Hauru no Ugoku Shiro, 2004).

Todos estes títulos são apenas uma pequena mostra de um gênero que aumenta ano após ano, e de mais uma forma de se contar histórias fantásticas – sejam elas, infantis ou adultas, da Disney/Pixar ou de outros estúdios. O que importa é que a produção cinematográfica está mais animada do que nunca.

(Vanessa Wohnrath/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate