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Herzog documenta corredor da morte

(São Paulo, brpress) - Convidado do 3o. Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, cineasta alemão deu detalhes sobre seu novo filme, Death Row. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – O cineasta alemão Werner Herzog, que está no Brasil para participar do 3o. Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, que acontece até 20/05, no Sesc VIla Mariana, deu detalhes sobre seu novo filme, Death Row (“Corredor da Morte”), em entrevista coletiva à imprensa, no começo da tarde desta terça-feira (17/05).

Herzog, que declarou à Folha de S. Paulo achar “muito digno” a maneira como os Estados Unidos descartaram o corpo de Osama Bin Laden, sem mostrar fotos, disse que a morte que filma nos corredores da morte para condenados à pena capital no Texas não tem “dignidade alguma”.

Para o veterano diretor de clássicos como Fitzcarraldo (1982) e O Enigma de Kaspar Hauser (1974) – que levou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1975 – , “o horripilante protocolo mecânico adotado como procedimento na hora das execuções esconde a arbitrariedade que é um estado ter o poder de tirar a vida de um ser humano”. Ele emenda: “Falo isso como alemão e incluo o regime nazista”.

‘Estarrecedor’

O cinestasta, que também planeja filmar um roteiro pronto – The Queen of the Desert, estrelando Naomi Watts –, num deserto do Oriente Médio, diz que, ao filmar os detentos condenados à morte, “não vê monstros”, apesar de saber dos crimes que cometeram.”O que vejo são pessoas muito humanas”, ressaltou.

Para Herzog, o mais “assustador e absurdo” é a “Casa da Morte”, para onde os condenados são levados para execução, a cerca de 10 quilômetros da prisão de segurança máxima texana onde conseguiu autorização para filmar. “É estarrecedor”, comentou.

O filme, ainda sem data de lançamento, vai enfocar quatro detentos e uma detenta, que Herzog entrevistou. O diretor não pretende discutir se eles são culpados ou inocentes – assim como se absteve de julgar Bin Laden –, mas deixá-los “falar por si mesmos”. O documentário está sendo feito para o canal Investigation Discovery, estando o Channel 4 britânico e o canal Arte interessados em exibi-lo e distribui-lo mundialmente.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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