Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Javier Bardem mergulhou no submundos dos imigrantes em Barcelona para protagonizar Biutiful.filmofilia.comJavier Bardem mergulhou no submundos dos imigrantes em Barcelona para protagonizar Biutiful.filmofilia.com

Javier Bardem fala de Biutiful

(brpress*) - Indicado ao Oscar de Melhor Ator pelo filme, ele compara os dois lados opostos de Barcelona: a de Vicky Cristina e a do submundo dos imigrantes.

(brpress*) – Javier Bardem está excitado com sua indicação ao Oscar de Melhor Ator, por Biutiful, atualmente em cartaz no Brasil. Certamente, esse sentimento se intensificou quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou os indicados na manhã desta terça (25/01) – quase dois meses depois de o ator espanhol de 41 anos ter dado uma longa entrevista ao site independente de notícias americano Salon.com, cujos trechos relativos a Biutiful reproduzimos abaixo.

Preterido pelo Globo de Ouro este ano – não foi sequer indicado a Melhor Ator e Biutiful perdeu para o dinamarquês In A Better World –, Bardem não esperava realmente que emplacasse no Oscar 2011, apesar de não ser estreante na premiação. Em 2008, ganhou a estatueta por Onde Os Fracos Não Têm Vez e em 2001 recebeu sua primeira indicação por Antes do Anoitecer.

Em Biutiful (Espanha / México, 2010), de Alejandro González Iñárritu, ele é Uxbal, um sorumbático sujeito comanda diversos negócios ilícitos, como exploração de imigrantes. Além disto, é médium e utiliza a habilidade para ganhar dinheiro. Cuida sozinho dos dois filhos, pois a mãe deles, Marambra (Maricel Álvarez), é instável psicologicamente. Ao sentir-se mal, descobre no hospital que tem um câncer terminal.

“Estou muito, muito animado com o sucesso do filme”, diz ele ao Salon.com, curtindo o inverno rigoroso em Nova York e um pouco fanho por causa de uma forte gripe. Confira os principais trechos.

Falando sobre cidades, você protagoniza dois filmes em Barcelona – Vicky Cristina Barcelona, seguido de Biutiful. Mas eles são radicalmente diferences, inclusive na ambientação – parecem cidades opostas…
Javier Bardem – Pois é. Disse ao pessoal da prefeitura da cidade que levamos ainda mais turistas a Barcelona com Vicky Cristina Barcelona. Agora estamos espantando essa gente com Biutiful.

Pode crer: com esse filme vemos um lado da cidade que Vicky e Cristina nunca vão visitar. Mas a Barcelona de Vicky Cristina também existe – é real. Você já esteve lá? Vale a pena! É linda! Os dois filmes mostram que as pessoas têm de conviver com estes lados opostos. Muita gente está tentando sobreviver nestes, digamos, bastidores da cidade, algumas vezes com o lixo que deixamos para eles.

Como foi conviver neste lado B de Barcelona durante as filmagens?
Javier Bardem – Passamos cinco meses filmando – e esse é um tempo muito, muito longo de filmagens. Para um trabalho emocional como Biutiful, foi bem difícil. Além do mais, eu me preparei para três meses e o último mês da minha preparação eu programei para conviver com pessoas desta parte ruim de Barcelona, circular por lá, conhecer a fundo a comunidade imigrante. Estava bem informado sobre ela, li sobre ela, acompanhei notícias sobre ela, mas nada se comparava a estar nela.

Deve ser duro passar cinco meses com Uxbal (personagem de Barden no filme). Ele até é um cara decente, mas é muito problemático. Sofre de câncer, de culpa e é assombrado por fantasmas…
Javier Bardem –  É verdade. Este não é um filme em que você fala o script, abandona o personagem e vai embora para casa. É uma experiência de vida. Uma viagem. Sabia desde quando li o script, e conhecendo o trabalho de Alejandro [González Iñárritu, o diretor], que teria de pular no abismo para fazer este filme. Foi por isso que demorei tão pouco para dizer sim. Ele estava propondo dar as maõs e sair rumo ao fim do mundo. Sabíamos onde deveríamos chegar. Cinco meses, mais três de preparação, trabalhando seis dias por semana – e ele gosta de trabalhar de 12 a 14 horas por dia, especialmente aos sábados. Segurar aquela barra por tanto tempo não foi fácil. Mas quando você faz um cara como Uxbal, não dá pra simplesmente dar um tempo dele.

Pelo menos estar exausto deve tê-lo ajudado a interpretar um doente terminal. É difícil interpretar alguém que sabe que vai morrer sem cair num clichê?
Javier Bardem – Sim. Esse é o personagem mais poderoso que interpretei até hoje e não tenho certeza de vou fazer algo assim de novo. Senti que não havia como fazer esse personagem sem me colocar em risco. Por que o trabalho com Alejandro é pautado basicamente pela honestidade. E o trabalho do ator é se despir ao máximo para interpretar o personagem da maneira mais pura e mais próxima daquela realidade possível.

(*) Com informações do Salom.com.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate