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Rosamund Pike e Daniel Brühl em cena de 7 Dias em Entebbe. Foto: DivulgaçãoRosamund Pike e Daniel Brühl em cena de 7 Dias em Entebbe. Foto: Divulgação

José Padilha se joga na política nacional e internacional

(brpress) - Sempre politizado, o diretor José Padilha (Tropa de Elite , Narcos), ataca em duas frentes: conflito israelo-palestino e corrupção no Brasil.

(brpress) – Sempre politizado, o diretor José Padilha (Tropa de Elite , Narcos), ataca em duas frentes: conflito israelo-palestino e corrupção no Brasil. O brasileiro de 49 anos vive em Los Angeles e, dez anos depois de ganhar o Urso de Ouro na Berlinale por Tropa de Elite, terá seu novo longa, 7 Dias em Entebbe, novamente em première no evento,  que acontece de 14 a 25 de fevereiro. Sua nova série, O Mecanismo, sobre operação Lava Jato, estreia em 23 de março, no Netflix. 

Com estreia mundial no Festival de Cinema de Berlim, 7 Dias em Entebbe (2018, Estados Unidos/Reino Unido), trata sobre o sequestro do voo da Air France, em julho de 1976, que levava  290 passageiros de Tel-Aviv para Paris, com escala em Atenas, e foi forçado a pousar em Entebbe, Uganda. Uma história verídica. 

Padilha sabe que mexer com a Lava Jato é riscar fósforo no ambiente da alta combustão política em que vive o Brasil. Mas não teme críticas nem a eventual (e superficial) polarização entre “metralhas” e “coxinhas” que O Mecanismo (produção 100% custeada pela Netflix) pode provocar. No momento seu horizonte segue expandido, pois está se metendo num dos conflitos mais polêmicos e longevos do mundo contemporâneo: a questão israelo-palestina. 

Operação Entebbe

O cineasta disse à Folha de S. Paulo que o filme mostra o ponto de vista dos dois seqüestradores alemães (Brigitte Kuhlmann, vivida pela atriz inglesa Rosamund Pike, que a brpress entrevistou, em Londres), e interpretado pelo hispano-germânico Daniel Brühl, de Adeus, Lenin) e dois políticos israelenses, Shimon Perez  e Yitzhak Rabin.  

Segundo Padilha, 7 Dias em Entebbe é sobre a incompatibilidade de posições na hora de negociar uma solução e sobre o risco de inviabilizá-la. No caso, os líderes israelenses tinham opiniões opostas sobre negociar ou não com os seqüestradores que mantinham mais de uma centena de passageiros judeus como reféns, cuja libertação seria trocada por presos políticos palestinos.  

E já que fato real não tem spoiler, o episódio acabou com um resgate cinematográfico (com o perdão do trocadilho) dos judeus pelo exército israelense. Mas Padilha não está interessado nesta ação especificamente, mas na metáfora de como a oposição de forças políticas israelenses (e também palestinas), regidas pela vontade do eleitorado em ambos os países, afeta a (não) resolução do conflito (no qual Trump botou mais lenha para queimar). 

Operação Lava Jato 

Se 7 Dias em Entebbe está sendo superaguardado em Berlim, Selton Mello, vivendo um obstinado delegado da Polícia Federal, e Carol Abas (Avenida Brasil), como sua ambiciosa subalterna, estarão em LA para divulgar O Mecanismo para a mídia de 190 países (até onde a Netflix alcança). É a chance de explicar ao mundo o que se passa no Brasil. 

Padilha diz que não teme a polêmica e as críticas de que ele está tomando partido. Acredita que ninguém deve ter o direito de expressar seu ponto de vista cerceado. Com a experiência de Tropa de Elite, acusado de fascista por parte da crítica, sabe que vem chumbo grosso. Da audiência e criítica doméstica e internacional. E, de uma vez só, coloca o dedo na ferida de modo transnacional.  

Será uma briga boa (embora 7 Dias em Entebbe não esteja em competição na Berlinale). De qualquer forma, será interessante acompanhar a recepção do filme na Alemanha, onde o sequestro teve grande repercussão por envolver alemães contra judeus. Talvez seja o tema que Padilha precisava para ganhar – ou perder – o mundo, após filmes brasileiros de sucesso, um americano médio (RoboCop)  e da primeira temporada de Narcos. 

Operação Entebbe 

O trailer revela pouco sobre como  Padilha tratou esse sensível episódio. Existem diversas versões da intervenção israelense em Uganda. Apenas seis dias depois da libertação dos passageiros, o jornalista Alessandro Porro enviou, de Israel, onde era correspondente de Veja, o texto do que seria a base do primeiro livro sobre o fato – Operação Resgate (Edibolso, 1976).

Assista ao trailer de 7 Dias em Entebbe:

Assista ao trailer de O Mecanismo:

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