Justiça seja feita a Batman
(brpress) – Tragédia no Colorado não pode tirar o brilho da despedida do Cavaleiro das Trevas. Por Vanessa Wohnrath.
(brpress) – Ainda é uma incógnita o motivo de James Holmes ter entrado na sessão de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012), em Denver, Colorado, e atirado contra a plateia, matando 12 pessoas e ferindo outras 58.
Os americanos choram seus mortos e, no meio das muitas discussões sobre o massacre, está o novo filme de Batman. “Eu sou o Coringa”, teria dito o atirador. Na distorção entre realidade e ficção é preciso ficar claro o papel do cinema de ação na sociedade: entretenimento.
Questionar a violência do filme ou tentar ligá-la ao ato de Holmes é desleal. A violência sempre esteve presente no cinema. De filmes mudos como O Grande Roubo de Trem (The Great Train Robbery, EUA, 1903), até a atual produção massiva de filmes de ação.
Diversas faces
A violência tem diversas faces no cinema de ação. É temática, é linguagem, é estética. O público se empolga com bang bangs e embates mano a mano. Vibra para o herói triunfar sobre o mal e pode, algumas vezes, até torcer para que o vilão tente vencer o bem.
A violência nos filmes de ação é o que faz pessoas lotarem salas de cinema, como a de Denver. É também o que faz encher os cofres dos estúdios americanos.
Justiça
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge será lembrado por ser aquele filme que estava passando enquanto pessoas eram mortas numa sala de cinema. Mas o justiceiro mascarado merece ser lembrado pelo que conquistou na trilogia orquestrada por Christopher Nolan.
A jornada de Bruce Wayne/Batman (Christian Bale) se fecha no confronto com o mercenário Bane (Tom Hardy), que deixa as ameaças de vilões do passado no chinelo. Ele tem o plano perfeito para destruir Gotham City e Batman que, recluso por anos, volta para salvar a população.
A violência em Batman é feroz, angustia o espectador. Mas, acima de tudo, entretem, como um ótimo filme de ação deve fazer.
(Vanessa Wohrath/Especial para brpress)