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Kathryn BigelowKathryn Bigelow

Mais sobre Kathryn Bigelow

(brpress) - Consagrada como a primeira mulher a ganhar Oscar de Melhor Direção após 28 anos de carreira, ela diz que não vê a façanha com olhos para "gênero". Por Gabriel Bonis.

(brpress) – Kathryn Ann Bigelow é onome completo da primeira mulher a ser condecorada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood com um Oscar de Melhor Direção em toda a história da premiação. No entanto, ela declarou à BBC que o rótulo de “feminista” não lhe cabe. “Mulheres fortes são fascinantes, mas não costumo olhar grandes façanhas com olhos para gênero”, declarou a diretora que já escalou o Kilimanjaro e tem como hobbie mergulho em alta profunfidade. “Também sou inspirada por homens”.

    Com Guerra ao Terror (The Hurt Locker, EUA, 2008), Bigelow escreveu seu nome na sétima arte de maneira inesperada, pois o filme foi um fracasso de bilheteria (US$ 20 milhões nos EUA) que, atualmente, só pode ser visto em vídeo, enquanto Avatar – dirigido pelo ex-marido de Bigelow, James Cameron, e então principal rival no Oscar – acumula mais de US$ 2 bilhões em caixa mundo afora. 
       
    Ao receber o Globo de Ouro de Melhor Diretor em janeiro, Cameron declarou: “Francamente, achei que Kathryn é quem iria levar este prêmio. E ela certamente o merece”. Pouca ou nenhuma animosidade resta do casamento de apenas dois anos entre os diretores e Bigelow não se sentiu confortável com o  fato de a mídia se prender tanto na “disputa entre ex-marido e mulher” no Oscar 2010.

    Pintura

    Filha única de um gerente de fábrica de tintas e uma bibliotecária, Bigelow é uma excelente pintora – inclusive passou dois anos no Instituto de Arte de São Francisco, antes de se formar na Escola de Cinema da Universidade de Columbia. “A pintura é um pouco elitista, enquanto o cinema atravessa culturas e classes”, disse ao Los Angeles Times, como sendo uma das razões que a levou a mudar de área.

    Após 28 anos de uma carreira que começou em 1982, com o lançamento do filme The Loveless (1982), Kathryn Bigelow, 58 anos, californiana de San Carlos, recebeu por Guerra ao Terror as primeiras indicações ao Globo de Ouro e Oscar. Ela dirigiu nove filmes para cinema – dos quais escreveu três – e produziu dois, incluindo Guerra ao Terror, que ela financiou parte com o próprio dinheiro.

    Até então, sua produção de maior destaque havia sido Caçadores de Emoção (1991), com os astros Keanu Reeves e Patrick Swayze. Bigelow foi casada com o diretor James Cameron por dois anos (entre 1989 e 1991) e mantém uma boa relação com o ex-marido. Os dois inclusive já trabalharam juntos no filme Estranhos Prazeres (1995), dirigido por Kathryn e escrito por Cameron. 

Disputa

    Na disputa do Oscar 2010 com o ex-marido, a diretora conquistou seis estatuetas das nove indicações, além d: os prêmios de Melhor Direção da Academia de Cinema e Televisão Britânica (Bafta), dos Sindicatos de Produtores e Diretores dos EUA e do Critic´s Choice. Porém, levou a pior no Globo de Ouro, quando assistiu a Guerra ao Terror ser derrotado nas principais categoria. 

    Para levar a estatueta do Oscar de Melhor Direção, Kathryn Bigelow superou Quentin Tarantino (Bastados Inglórios), Lee Daniels (Preciosa – uma História de Esperança), Jason Reitman (Amor Sem Escalas) e James Cameron (Avatar).
Na história da maior premiação do cinema mundial, esta foi apenas a quarta vez em que uma mulher é indicada a Melhor Direção – as anteriores foram Lina Wertmuller (Pasqualino Sete Belezas, 1976), Jane Campion (O Piano, 1994) e Sofia Coppola (Encontros e Desencontros, 2004).

Crítica

    “Não desista de seus sonhos”  é o conselho que Bigelow dá depois de vencer o Oscar. No entanto, não são só flores no caminho da diretora, criticada por não ter sido ideologicamente mais crítica à Guerra do Iraque. Ela se defende, dizendo que Guerra ao Terror não é um documentário e que a intenção do filme é mostrar a peleja dos soldados na guerra – tema que considera pouco reportado pela mídia.

(Gabriel Bonis/Especial para brpress)

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