Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Michelle RodriguezMichelle Rodriguez

Mexploitaion sanguinário

(brpress) – Assim é o longa de Robert Rodriguez sobre renegado ex-agente federal mexicano, abusando dos signos latinos: cores vivas, ar novelesco, cenas exageradas e trama empoeirada a la Kill Bill. Por Eliane Maciel.
(brpress) – O super-herói latino Machete, interpretado pelo ator Danny Trejo, surgiu em meados dos anos 1990, quando o cineasta Robert Rodriguez, ao lado de seu fiel escudeiro Quentin Tarantino, resolveu trabalhar no projeto Grind House, para homenagear o cinema trash e filmes de zumbi.

Machete se tornou tão popular ao fazer parte dos trailers promocionais de filmes como Planeta Terror (Planet Terror, EUA, 2007), que o cineasta resolveu ceder tanto à insistência de Trejo quanto dos fãs do cinema B. E assim nasceu Machete (EUA, 2010).

Como tudo que vem das mãos mágicas de Rodriguez, Machete está nas telas para chocar, divertir e excitar com cenas sanguinárias, humor sarcástico e sacanagem com beldades como Lindsay Lohan (com papel exclusivo contradizendo o momento inquieto que viveu nos últimos tempos), Michelle Rodriguez e Jessica Alba.

O longa é, na verdade – e diferente do que as pessoas possam pensar –, uma piada sobre a ganância e a corrupção envolvendo o mundo das drogas. Não possui intenções políticas por retratar as questões de imigração adotadas pelo país de Barack Obama. Mas cabe a cada espectador julgar da forma que lhe pareça mais conveniente.

Sangue e degeneração

Em Machete, o foco dos personagens é outro. É a preocupação de a polícia dificultar o tráfico de entorpecentes. É lutar para aniquilar. É defender seu líder revolucionário, seja ele honesto ou não. É conseguir ganhar vantagem e escapar de ciladas armadas por inimigos. É pular de janelas segurando o intestino do inimigo que teve o abdômen dilacerado pelas armas brancas que surgem por todos os lados. É atirar com armas de proporções gigantescas e não deixar sobrar vestígios de quem possa prejudicá-lo.

E com toda uma cultura latina presente no longa, o resultado final da história sobre o renegado ex-agente federal mexicano (Trejo) é um mexploitation setentista: cores vivas, ar novelesco, cenas exageradas e trama empoeirada a la Kill Bill.

Timaço

Machete, depois de ser caçado pelo chefão do tráfico Torrez (Steven Seagal em interpretação que não deixa nada a desejar), vaga pelo Texas e aceita de Booth (Jeff Fahey) uma proposta para assassinar o senador McLaughlin (Robert De Niro caricato e impagável), ícone dos conservadores que querem fechar a fronteira dos EUA aos imigrantes ilegais.

Mas descobre-se depois que o contrato não passa de uma armadilha ao herói, que quando foge, encontra refúgio na rede clandestina de Luz (Michelle Rodriguez bela, forte e latina como sempre).

Dentre os acontecimentos ligados à sua fuga, Machete ainda aproveita para curtir o lado bom da vida, indo para a cama com as belas mulheres que lhe surgem pelo caminho: Luz, April Booth (Lohan) e sua mãe – sim, as duas juntas! – e Sartana Rivera (Alba).

O protagonista mata tudo que atrapalha seu caminho, dorme com as mais gostosas e ainda tem tempo para piadinhas sarcásticas. Assim como o diretor, que faz tudo acontecer num roteiro conciso, sem muitas explicações detalhadas, mas que satisfaz quem cultua o estilo de Robert Rodriguez – cria da escola Tarantino.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate