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Hugh Jackman e Anne Hathaway: parceria cantante em cena de Os Miseráveis. Foto: DivulgaçãoHugh Jackman e Anne Hathaway: parceria cantante em cena de Os Miseráveis. Foto: Divulgação

Miseráveis, mas em superprodução

(Londres, brpress) - brpress entrevista Hugh Jackman e Anne Hathaway, elenco principal de um dos filmes mais esperados do ano: Os Miseráveis. Por Juliana Resende e Steffen Michels.

(Londres, brpress) – A brpress entrevistou, na capital britânica, o elenco principal do filme que liderou as premiações do Globo de Ouro, incluindo Melhor Musical, e está entre os mais cotados para o Oscar 2013: a superprodução Os Miseráveis (Les Misérables, 2012), versão cinematográfica do famoso musical baseado no clássico de Victor Hugo, do mesmo diretor de O Discurso do Rei, Tom Hooper.  Os atores Hugh Jackman e Anne Hathaway conversaram com a reportagem da agência, revelando experiências pessoais com seus personagens, os mais importantes do filme – e que levaram os Globo de Ouro de Melhor Ator de Musical e Melhor Atriz Coadjuvante de Musical.

    Supercharmoso e impecavelmente vestido – terno escuro e camisa idem mostraram toda a majestade e boa forma do ator, mais conhecido pelo papel de Wolverine, em X-Men –, Hugh Jackman parecia muito satisfeito com os holofotes voltados só para ele, já que Russell Crowe, o nome de mais peso no elenco, não estava presente na junket (jargão para evento de lançamento de um filme para a imprensa).

Cantar e atuar

    Mistura de gentleman e homem rústico, além de ator completo – ele canta, dança e interpreta –, Jackman faz questão de mostrar esse perfil em pequenas atitudes como servir água para todos no copo de cada um antes do início das entrevistas e depois tomar o que sobrou diretamente da garrafa.  “Se é fisicamente desafiador atuar num musical? “Musicais são a coisa mais difícil de fazer!. Perdi 15 quilos para as cenas iniciais e depois tive de ganhá-los de volta!”, conta, parecendo se divertir muito. “Cantar e atuar é fisicamente extenuante, mas fazer Jean Valjean foi incrível. Ele é como Hamlet!”, comparou.

    Descontraída, mas com trejeitos de diva, Anne Hathaway derruba no chão a identificação com seu nome que fica à frente de todos os atores sentados à mesa: “A menos que se esqueçam, sou Anne Hathaway… Oi!”. Depois de quebrar o gelo, ela vai logo dizendo que é uma “geek” de musicais desde pequena. “Fazer a prostituta Fantine em Os Miseráveis definitivamente me fez crescer como atriz e pessoa”.

Oscar?
   
    A performance da atriz tem sido muito elogiada no  filme. Os Miseráveis é o passaporte para Anne rumo ao rol de estrelas maiores de Hollywood. Segundo Jackman – que já havia cantado com ela na cerimônia do Oscar 2009 –, “Hathaway é grande candidata ao prêmio por este papel”. Ela solta o vozeirão em I Dreamed I Dream (mais conhecida na voz de Susan Boyle, versão que Anne não dispensou em seus estudos vocais), uma das canções emblemáticas da história, sobre sonhos partidos, amor não-correspondido, paixão, sacrifício e redenção  em plena Revolução Francesa, no século 19, mostrando a pobreza que assolava Paris naquela época. Trata-se de testemunho atemporal da sobrevivência do espírito humano.  

    “Fantine é uma sonhadora”, diz a  atriz sobre sua personagem. Se ela se identifica com a sofrida prostituta? “Tenho muito pouco em comum com ela. Por isso, fiz muita pesquisa e laboratórios para entrar no submundo da miséria e da prostituição e sobre como era ser uma mulher naqueles tempos”, conta. Anne conheceu a duar realidade de escravas sexuais – “o que é, claro, absolutamente horrível, vergonhoso e doloroso. A emoção que brotova em entrevistas com essas mulheres me impressionou muito. Foi chocante!”

    Anne Hathaway doou-se 100% para este papel, tendo emagrecido 11 quilos e suportado condições extremas de trabalho no set, como atuar e cantar acompanhada por uma máquina de chuva quase todo o tempo. “Eu chegava para filmar e eles diziam: ‘Desculpe, você vai ficar molhada de novo!’ E eu dizia: ‘Ruurrrggghhhh’! E ficava batendo o queixo de frio… Certo dia, alguém comentou: ‘tem um barulho estranho no som…’ Eu disse: ‘São meus dentes rangendo por que estou com muito frio!'”.

    Outra cena intensa, foi a que Anne teve seu cabelo raspado. “Era meu próprio cabelo”. Ela acha que, quanto mais cenas físicas reais um ator puder fazer, melhor. “Quando contei pro meu namorado (o atual Adam Shulman), ele disse: ‘E como vai encarar ser uma noiva careca?’ Respondi que seria numa boa, pois quero ser quem sou: uma atriz”. Ela se casou em setembro último. “Mas devo confessar que fiquei bem assustada com a cena da raspagem. Quem me acalmou foi Tom [o diretor].”

Esperança

    Se Fantine sonha acordada querendo na verdade acordar de um pesadelo, o personagem de Jackman,  Jean Valjean, também quer a redenção. Ele rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir, ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe). Valjean muda completamente, despois de ser acolhido por um padre.

    Jackman diz que Jean Valjean é um homem religioso naturalmente e que se inspirou bastante em seu próprio pai. “Para Jean, a religião que se prega não diz nada, ao contrário da religião que se pratica, que dá mais significado a tudo”. Perguntam ao ator qual teria sido a maior mudança em sua vida pessoal. Ele não titubeia: “Ter filhos. Isso muda tudo!”.

    Os Miseráveis tem lançamento previsto para os cinemas brasileiros para o dia 29 de março de 2013. Nos Estados Unidos, o longa entra em cartaz já no dia 14 de dezembro deste ano, assim como no Reino Unido.

    Amanda Seyfried, Eddie Redmayne, Helena Bonham Carter e Sasha Baron Cohen completam o elenco.

(Juliana Resende/brpress; colaborou Steffen Michels, especial para brpress, em Londres)

Assista a trailer de Os Miseráveis:

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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