Mojica de volta à sala escura

(brpress) - Para contar lenda mineiro cheio de tortura e vítimas, José Mojica Marins, aka Zé do Caixão, volta à ativa em 2011. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Quem se lembra de Encarnação do Demônio (Brasil, 2008), final da trilogia e megaprodução (dadas as devidas proporções) de José Mojica Marins, após anos e anos praticamente esquecido e banido do meio cinematográfico? Com certeza, o filme foi um marco não somente na vida do cienasta brasileiro como na de seu público, pois Mojica nunca tivera em seus outros filmes orçamento próximo ao que fora investido em seu último projeto. Último uma ova.

Desta vez o clássico personagem Zé do Caixão retornará às telas numa história inspirada em uma lenda urbana de Pouso Alegre (MG) e baseada no livro infanto-juvenil escrito por Mariângela Padilha, A Lenda do Corpo Seco (2009), que mistura ambos. Espere cenas fortes de tortura e perseguições policiais. Nesta saga, Zé vai se deparar com o Corpo Seco, causo que supostamente ocorrera em 1900, no sul de Minas.

Mal-assombrada

A história, considerada real pelos habitantes de Pouso Alegre, fala sobre um homem demoníaco que vivia com sua família em uma mansão e, conforme os anos se passaram, ele teria adoecido e se desintegrado até a morte, em um dos quartos do casarão. Após enterrado, o corpo em pele e osso do homem mau sempre voltava, exposto em cima da cova de onde fora enterrado.

A ideia é fazer do morador da mansão um assassino e estuprador que será derrotado pelo anti-herói. Pelo menos é o que declarou José Mojica ao site uai.com.br. O interessante desta história – e o que faz com que ela flua muito mais próxima do real – é que o casarão existe até os dias de hoje e serve de moradia aos tataranetos do homem que iniciou a lenda.

Mojica também confirmou que o roteito já está escrito e começará a ser filmado em setembro deste ano, na cidade mineira. O orçamento desta vez chegará a bagatela de $ 2,5 milhões. Como se vê, apesar da idade avançada, o senhor macabro completa 74 anos neste sábado (13/03) e está longe de se aposentar.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)