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Nicole Kidman e Daniel Day-Lewis em cena do musical Nine.DivulgaçãoNicole Kidman e Daniel Day-Lewis em cena do musical Nine.Divulgação

Nine é dez

(brpress) - Musical de Rob Marshall une elenco de peso num jeito sexy e divertido de homenagear cinema italiano com dublê de Fellini em crise. Por Eliane Maciel e Juliana Resende.

(brpress) – Esqueça o que disse a crítica americana – não que você tenha lido alguma crítica americana sobre o musical Nine (EUA, 2009), de Rob Marshall. Mas a crítica local adora reverberar o que se comenta no hemisfério norte. Pare tudo e vá ao cinema e descubra, numa dose cavalar de glamour, nove entre dez razões para amar Nine.

A primeira delas é a performance de Daniel Day Lewis, sempre sensacional, seja como gângster de Nova York, como um sorumbático magnata do petróleo, seja como o diretor de cinema italiano em crise criativa revendo sua vida e, principalmente, as mulheres que certamente a fizeram mais interessante. A segunda é Penélope Cruz, como a diva Carla – impagável no filme, pelo qual está indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Terceiro pela elegância de Dame Judi Dench, na pele de uma figurinista francesa. E quarto, bem, você pode escolher entre o eletrizante “número” Cinema Italiano, de Kate Hudson (ela jamais será a mesma depois de cantar e dançar neste filme) e a sensacional participação de Fergie, do Black Eyed Peas, na lânguida Be Italian.

Exuberante

    Enfim, há pelo menos mais cinco motivos para assistir ao filme e depois alugar o DVD. Nine é de tirar o fôlego, da fotografia à trilha sonora, passando pelo figurino e pela vibe alto astral e de extremo bom gosto – quase como tudo que tem “design” italiano. O roteiro mais fraco e não tão ambicioso acaba, em certos momentos, não tendo tanta importância diante de tanta exuberância visual e dramática.
    O filme é também uma homenagem à mulher e à Itália – tanto que a legendária Sophia Loren brilha, ao lado de musas como Nicole Kidman e Marion Cotillard. A história parte da “página 1, página 1, página zero…” de Guido Contini, maestro e cineasta italiano em uma crise de criatividade, moral e bons costumes.
     Em referência a  8 ½ o filme de Fellini de 1963,onde o cineasta é interpretado por Marcello Mastroianni, Nine explora (ou pelo menos tenta) os pensamentos do genial, porém abalado, Guido Contini, cujos últimos filmes foram um total fracassos de crítica e público, aumentando ainda mais a pressão e a expectativa a respeito de sua próxima produção, Italia (cujo roteiro é inexistente).
    Numa fuga involuntária da realidade, pelo desespero ao ver sua carreira e vida pessoal desmoronarem por completo, a imaginação de Guido Contini traz, de forma brilhante, os números musicais da produção. Comparando aos seus antecessores de peso (Moulin Rouge, de Baz Luhrmann, em 2001, e Chicago, do própprio Marshall, em 2002), Nine é uma experiência quase obrigatória por causa de seus números tão audaciosos quanto inovadores, além de estar presente no Oscar 2010.
    O filme concorre, além de Melhor Atriz Coadjuvante com Penélope Cruz,  nas categorias Melhor Direção de Arte (merecidíssimo), Melhor Figurino (merecidíssimo) e Melhor Canção Original com Take It All, interpretada por Marion Cotillard.

(Eliane Maciel/Especial para brpress e Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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