Novo Dumbo causa comoção já no teaser

(brpress) - Elefantinho orelhudo voa nas primeiras imagens do live-action com direção de Tim Burton, cujo desafio é o mesmo para qualquer remake: conectá-lo com o mundo atual.

(brpress) – A Disney divulgou as rpimeiras imagens do live-action (mistura de animação com atores de verdade) Dumbo, dirigido por Tim Burton e com estreia marcada para 29 de março de 2019. É o segundo maior projeto do estúdio depois do remake de Mary Poppins, que chega em 20 de dezembro de 2018. Muito emocional, o teaser já desperta grande comoção pelo elefantinho orelhudo, num filme com impecável direção de arte e parecendo uma obra-prima de Tim Burton. Mas o desafio da Disney é o mesmo para qualquer remake: conectá-lo com o mundo atual.

A tarefa, apesar dos milhões de dólares investidos, nem sempre é fácil. Mogli: O Menino Lobo (2016) faturou US$ 365 milhões em bilheteria nos EUA e não é grande a expectativa para a sequência Mogli: O Livro da Selva, estreando em outubro deste ano. A Bela e A Fera (2017) foi melhor, com quase meio bilhão de dólares somente no mercado americano. Mas Meu Amigo Dragão (2016) não voou alto: fez US$ 76 milhões em números domésticos. A crítica diz que a história do filme original de 1977 não teve apelo nos anos 2000. Difícil saber se Dumbo, uma fábula pós-Segunda Guerra sobre um animal de circo, será uma Branca de Neve (2012) ou uma Cinderella (2015).

A julgar pela recepção do filme na mídia e nas redes sociais, o elefantino decola – aliás, ele faz um voo rasante no trailer. Holt Farrier (Colin Farrell), um ex-astro de circo, é incubido de cuidar de um elefante recém-nascido, cujas orelhas são enormes, pelo dono do circo Max Medici (Danny DeVito), após voltar da guerra. Quando os filhos de Holt descobrem que o animal pode voar, o empresário Vandevere (Michael Keaton) e a artista Colette Marchant (Eva Green) decidem transformar Dumbo em uma estrela, numa tentativa de fugir da falência.

Circo sem bicho

Dumbo é um remake do longa-metragem de animação homônimo, lançado em 1941. O roteiro é assinado por Eheren Kruger (A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell). Resta saber se o filme terá a sensibilidade de contextualizar o banimento de animais no circo, onde são torturados para fins de adestramento em apresentações. Los Angeles foi a primeira cidade dos EUA a banir o bullhook (bastão de ferro com fincos, utilizado para machucar partes sensíveis, como olhos, orelhas e genitália) em elefantes de circo. É um prato cheio para o lado dark de Tim Burton.

Em janeiro de 2018, a Irlanda foi o 20º país da União Europeia que proibiu o uso de animais em circos. No Brasil, a Lei Federal n° 10.220 de 2001 proíbe a participação de animais em circos e similares – com a exceção de rodeios – em todo o território nacional, e prevê punição aos maus-tratos, com multas a partir de R$ 100 mil.

(Colaborou Letícia Dauer, especial para brpress)

Assista ao teaser de Dumbo: