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Isabelle Huppert: homenagem em Locarno à grande dama do cinema europeu.DivulgaçãoIsabelle Huppert: homenagem em Locarno à grande dama do cinema europeu.Divulgação

Oui, Isabelle

(Locarno, brpress) - Homenageada no Festival de Locarno, Isabelle Huppert fala de sua carreira, de seus filmes e de sua paixão pelo cinema. Por Rui Martins.

(Locarno, brpress) – Considerada uma das melhores e mais inteligentes atrizes do cinema europeu, a francesa Isabelle Huppert foi alvo de homenagem no Festival de Locarno, com a projeção de alguns dos filmes nos quais participa, dirigidos, na maioria, pelos maiores nomes do cinema. Ela conversou com jornalistas na ocasião.

Isabelle Huppert falou de sua carreira, de seus filmes e de sua paixão pelo cinema. Em lugar de se anular para viver as personagens de seus filmes, a atriz conta que, na composição delas, procura criar uma fusão entre sua pessoa real e a que está interpretando.

Sobre as personagens que interpretou, ela tem uma posição realista: “O cinema não mostra só pessoas gentis, coisas agradáveis e belos comportamentos. Eu vivi o papel de muitas mulheres com problemas sociais e psicológicos, mulheres em situações de desespero, lutando para sobreviver por todos os meios e nem sempre isso é bonito de se ver.”

Cumplicidade

Isabelle continua: “Nunca procurei simpatizar com minhas personagens, mas viver com elas uma empatia, me integrar nelas, para entendê-las. De uma certa maneira, mostro essas mulheres como pessoas normais, não de maneira idealizada ou melhorada, simplesmente como elas são”.

Circula no mundo do cinema que os cineastas gostam de filmar com Isabelle Huppert por ela ser coloradora e procurar ser, na tela, exatamente como eles imaginam. Isabelle explica essa sua disposição: “Um grande filme é sempre o resultado de uma boa direção e, para mim, não existem papéis difíceis com um grande diretor.”

Isabelle ressalta ainda que “quando um diretor faz um filme, é como um pintor pintando seu quadro: ele procura encontrar as cores exatas para exprimir a ideia que tem na sua imaginação. Da mesma forma, o cineasta procura uma interpretação que exprima sua visão de como deve ser o filme. Procuro entender e concretizar isso”.

Desejo, necessidade, vontade

Sobre sua curiosidade em filmar com novos cineastas e sua agenda sempre repleta, Isabelle conta: “Adoro meu trabalho de atriz de cinema – é mais que um desejo, é uma necessidade, como a de comer”.

A lista dos cineastas com os quais trabalhou, nos seus 106 filmes, é longa – Maurice Pialat, André Téchiné, Benoit Jaquot, Jacques Doillon, Bertrand Tavernier, Olivier Assayas, Claire Denis, Jean-Luc Godard, Werner Schroeter, Michael Haneke, Michael Cimino e outros.O filme La Dentellière, do suíço Claude Goretta, marcou seu aparecimento no primeiro grande papel.

Diversos filmes foram feitos sob a direção do falecido grande diretor Claude Chabrol e um deles, Violette Nozière, o primeiro dos sete filmes feitos com ele, valeu-lhe o prêmio de melhor atriz em Cannes. Isabelle foi também duas vezes melhor atriz em Veneza, novamente com filmes de Chabrol, Une Affaire de Femme e La Cérémonie.

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