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Wagenr Moura: coragem de viver gay em Praia do Futuro. Foto: DivulgaçãoWagenr Moura: coragem de viver gay em Praia do Futuro. Foto: Divulgação

Praia do Futuro decepciona

(Berlim, brpress) - Filme brasileiro com Wagner Moura sobre amor gay não é la um Tropa de Elite. Por Rui Martins.

(Berlim, brpress) – O filme brasileiro na competição pelo Urso de Ouro na Berlinale, Praia do Futuro, decepcionou quem foi pensando ver um novo Central do Brasil ou Tropa de Elite – ambos ganhadores do prêmio máximo do festival. Não houve nenhuma vaia, mas não houve também nenhum aplauso ao final da exibição.

    Há belas e expressivas tomadas, portanto um bom visual na tela. Mas bom cinema é sinônimo de uma história bem feita e bem construída, com ritmo. E é justamente isso que falta ao filme de Karim Ainouz.

Sexo gay

    A história de amor, entre um garagista e mecânico de motos e um salva-vidas da Praia do Futuro, em Fortaleza, está muito mais para fotonovela que para um filme. O fato de ser um romance de amor gay com cenas mais fortes que qualquer filme de Lars Von Trier não influi.  Vivemos um momento em que o homossexualismo e o casamento entre gays já fazem parte da normalidade (pelo menos na Europa).

    Muito diferente da época de Fassbinder, cineasta lembrado na coletiva da aquipe de Praia do Futuro com jornalistas, cujos filmes exigiam, além da mestria do realizador, uma boa dose de coragem. Não é o caso hoje, onde a própria televisão (alô, Globo) usa beijo ne boca gay na telenovela do horário familiar.

Goragem
   
    Coragem pessoal teve Wagner Moura de participar ativamente das cenas de sexo gay, que levaram mesmo uma jornalista a lhe perguntar se não se preocupava com as possíveis reações no Brasil, onde (e isso não estava na pergunta), depois da desastrosa passagem do pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP))pela Comissão Parlamentar dos Direitos Humanos , outro deputado, Jair Bolsonaro (PP-RJ)  homofóbico quer presidir a mesma Comissão de Direitos Humanos.

    Wagner respondeu: “Eeu me preocupo com isso. Porém, acho que a relação que existe entre dois caras no filme não é o mais importante desse, não é uma obra sobre uma história de amor – é uma história entre dois homens. Eu acho que se nós todos, artistas, imprensa não fizermos disso uma questão, pois se fossem mulheres não seria problema, mais a gente ajuda politicamente contra o preconceito contra os homossexuais”.

    Embora Wagner diga que não se trata de uma história de amor, ela constitui a base do filme. Será muito difícil Praia do Futuro ganhar algum Urso, fazendo-se uma comparação com os filmes até agora exibidos. Mas tudo pode acontecer.

(Rui Martins/Especial para brpress)

Leia mais aqui sobre Praia do Futuro.

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