Rede social de nerd anti-social
(brpress) - A Rede Social, que estreia nesta sexta (03/12), é um filme chato – muito chato. Talvez tão chato como o próprio Facebook. Por Juliana Resende.
Não se culpe e não se reprima. Afinal, segundo mostra A Rede Social, o próprio criador do Facebook, o jovem bilionário Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), de 26 anos, também é um nerd de poucos amigos que, movido por uma rejeição amorosa, passava noites em frente ao computador em Harvard, enquanto a moçada se divertia em festinhas picantes.
Caretice por caretice, Zuckerberg aproveitou melhor seu tempo. E fez fortuna roubando a ideia de uns burguesinhos da faculdade e a transformando em coisa maior – bem maior.
O filme de David Fincher (Clube da Luta e O Curioso Caso de Benjamin Button) mostra o geniozinho carente fazendo o Facebook acontecer, desmerecendo a ajuda conservadora porém honesta do sócio brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield, o novo Homem-Aranha), e abraçando o experiente e pouco confiável Sean Parker (Justin Timberlake), co-fundador do Napster.
Injeção de empreendedorismo
Estão lá todos os clichês do mundo maravilhoso das universidades de elite americanas e também o sonho americano – o “bedroom business” se transformando numa potência com o poder de revolucionar a comunicação na internet, hoje com cerca de 500 milhões de usuários e valendo cerca de US$ 33 bilhões.
Não à toa, nos EUA da recessão, o filme levou os prêmios de melhor filme, melhor diretor, melhor ator e melhor roteiro adaptado da Associação Nacional de Críticos de Cinema dos Estados Unidos. Quão estimulante!
(Juliana Resende/brpress)
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