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Paulo Dano e Zoe Kazan em cena de Ruby Sparks. Foto: DivulgaçãoPaulo Dano e Zoe Kazan em cena de Ruby Sparks. Foto: Divulgação

Retorno dos autores de Little Miss Sunshine

(Locarno, brpress) - Em Ruby Sparks, personagem criada por escritor Calvin se transforma numa mulher real pela qual ele se apaixona. Por Rui Martins.

(Locarno, brpress) – Foi no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, que começou a carreira de sucesso do filme Little Miss Sunshine (2006). Jonathan Dayton e Valerie Faris, os realizadores, estão de volta com outro filme, destinado também ao sucesso: Ruby Sparks, nome da personagem criada pelo jovem escritor Calvin Weir-Fields (Paulo Dano) que, de repente, sai praticamente de sua máquina de escrever para se transformar numa mulher real em carne e osso e pela qual ele se apaixona.

    Inicialmente, Calvin mantém distância dessa jovem alegre, viva e inteligente, imaginando ser uma visão ilusória de sua excessiva imaginação. Porém, a dúvida se desfaz, quando seu irmão, vindo visitá-lo, encontra Ruby Sparks (Zoe Kazan) em sua casa. Os três almoçam, conversam e fica evidente ser real a namorada de Calvin.

Mágica

    Intrigado, Calvin fala para seu irmão (Antonio Banderas) não saber como explicar aquela materialização de sua personagem. O irmão não fica convencido e pede uma prova para Calvin de que Ruby é personagem de romance e não uma jovem real. Calvin vai até a máquina de escrever e bate uma frase, segundo a qual a jovem Ruby fala francês. E imediatamente ouvem Ruby chamando-os em francês.

    Calvin exige de seu irmão não contar a ninguém essa incrível capacidade de manipular uma personagem com sua escritura. Porém, logo surgem alguns problemas. Calvin percebe estar manipulando Ruby e tenta  torná-la uma personagem livre. No entanto, isso lhe causa sofrimento, pois Ruby descobre outras amizades, quer estudar arte e nem sempre volta para dormir em casa.

    Até que, consciente de ser uma personagem irreal e manipulada, Ruby se revolta e vai embora. Calvin, por sua vez, se conscientiza da irrealidade vivida e troca de máquina mecânica pelo computador.

Meia Noite em Paris

    O filme lembra outro recente, embora com história diferente –  Meia Noite em Paris, de Woody Allen – no qual o escritor por um passe de mágina à meia-noite, vive com escritores e personagens de um romance em fase de escrita.  

    Porém, Ruby Sparks é mais explícito – o escritor, como um Pigmalão, cria e controla a vida real da personagem, como os escritores fazem com suas personagens fictícias e não materializadas ou encarnadas.

    Conjugando a escrita com a cena real, o filme pode parecer um bem sucedido exercício de estilo. Feito pelo casal de diretores, o filme reúne um casal real de atores Paulo Dano e Zoe Kazan, por sinal, neta do grande cineasta Elia Kazan.

(Rui Martins/Especial para brpress)

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