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FOTO - Cena de Robin Hood (Russell Crowe) e seus camaradas.DivulgaçãoFOTO – Cena de Robin Hood (Russell Crowe) e seus camaradas.Divulgação

Robin Hood entediante

(Londres, brpress) - Novo filme de Ridley Scott , que tem estreia mundial nesta sexta (15/05), é talvez o mais tedioso longa do cineasta em décadas. Por Juliana Resende.

(Londres, brpress) – Desvendado o mistério acerca de Robin Hood, novo filme de Ridley Scott sobre o mítico arqueiro inglês tornado anti-herói, combatendo a tirania no século 12, na Inglaterra. O longa, que tem estreia mundial nesta sexta (15/05), é tedioso. Talvez o mais entediante filme de Scott em décadas.

Com tudo para ser um estouro – a brilhante história do cara que, muito além de roubar dos ricos para dar aos pobres, desafia o poder absolutista vigente à época; um elenco sensacional, encabeçado pelo fiel escudeiro Russell Crowe e pela sempre intrépida Cate Blanchett, e dinheiro de sobra para filmar um épico com todos os requintes que o gênero pede (leia-se batalhas sangrentas, cavalos lindos e aquele figurino medieval) –, o longa afunda num mar de previsibilidade, como as tropas invasoras francesas no canal da Mancha.

 Clichês

Por quê? O problema maior está no roteiro, extremamente linear e abarrotado de clichês: a mocinha sagaz e mortal, que não demora é domesticada; o herói desgarrado que sempre se dá bem; os caras maus apanhando dos bons; um rei sem princípios, fraco, mimado e déspota (Oscar Isaac); um vilão careca com capa preta (Mark Strong); um padre barrigudo e beberrão (Mark Addy); um landlord idoso e cego (Max von Sydow); e um xerife corrupto (Matthew Macfadyen).

O muxoxo do espectador diante do desenrolar da ação pode ser o mesmo descrito por Crowe, também produtor do filme, em entrevista ao talk show britânico de Jonathan Ross: “Levei meus meninos para assistir à pré-estreia no estúdio e tudo que ouvia era ‘Pai, estamos cansados! Podemos ir pra casa agora?’. Eu dizia: ‘Calma, olha o papai no cavalo!’. E eles: ‘OK, bacana, mas podemos ir agora?'”. A sensação promete ser essa – mesmo para fãs inveterados de Scott e Crowe (esta escriba incluída).

 Explosivo

Certo mesmo está Scott em apontar a comédia A Louca História de Robin Hood, de Mel Brooks, como sua versão cinematográfica predileta do mito. Por que a sua própria perdeu uma grande chance de entrar para o rol dos épicos grandiosos ao qual Gladiador pertence. E o diretor ainda acredita que Robin Hood existiu!

Entre a lenda e a realidade, boa mesmo é a história do sujeito que foi multado em £ 1 mil (cerca de US$ 1.500) por postar no Twitter que iria “explodir o aeroporto Robin Hood”, em Doncaster-Sheffield, por não poder embarcar para a Irlanda, por causa da cinza do vulcão. O desabafo por “frustração” foi considerado uma “ameaça preocupante no contexto dos nossos dias” pela justiça britânica.

Será que Robin Longstride acharia essa cifra abusiva como os draconianos impostos cobrados pela monarquia britânica?

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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