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Sandra Bullock e Melissa McCarthy em As Bem Armadas. Fotos: DivulgaçãoSandra Bullock e Melissa McCarthy em As Bem Armadas. Fotos: Divulgação

‘Sandra Bullock é o máximo!’

(Londres, brpress) – Melissa MacCarthy fala de parceria com atriz, no primeiro filme de dupla policial estrelado por mulheres, As Bem Armadas. Por Juliana Resende.

(Londres, brpress) – Ela é uma das únicas atrizes de Hollywood que fogem do padrão de beleza que a indústria do cinema estabeleceu rigidamente nestes pouco mais de 100 anos de atividade. Para ser mais direta, como a maioria dos personagens defendidos por quem estamos falando, ela é “a gorda escrachada”. Sim, graciosa e facilmente manequim 50. Mesmo assim, acima do peso e das medidas, ela conseguiu fazer sucesso, ainda que tendo de engolir alguns sapos e ofensas.

    A mídia a chama abertamente de obesa, mas reconhece seu talento – entre um e outro linchamento. Mas ela parece não se importar e sua carreira só decola, desde a ponta que fez em As Panteras (2000) e a série de TV Glimore Girls (2000 a 2007). Uma década e uns  quilinhos a mais depois, ela coquistou papéis em sucessos como Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, 2011) e Se Beber Não Case 3 (The Hangover III, 2013).

    Se você adivinhou, parabéns (mas essa, cá pra nós, estava muito fácil). Falamos da comediante americana Melissa McCarthy, que também pôde ser vista este ano como uma intrépida e carente larápia em Uma Ladra Sem Limites ( Identity Thief, 2013) – filme que levou a brpress a entrevistá-la, em Londres –, e agora, a partir desta sexta (20/09),estará em As Bem Armadas (The Heat, 2013), contracenando com Sandra Bullock.

    Uma Ladra Sem Limites, já exibido no Brasil, pode não ser um filme lá muito empolgante, mas nem a imposição da magreza e do padrão Jolie de beleza, imperativos nas telas e fora dela, justificam a virulência do  crítico Rex Reed, que a chamou de “hipopótama”, numa resenha do espinafrando o longa no New York Observer.
Melissa não só resistiu e revidou, firme e forte, como não hesitou em encarnar uma policial sem escrúpulos e uma espiã a la 007    – novamente dirigida por Paul Feig (Missão Madrinha de Casamento e As Bem Armadas) –, em Susan Cooper, projeto anunciado após esta entrevista.

    Sem se levar muito a sério, Melissa McCarthy fala de sua aptidão de fazer rir e da naturalidade com que vem tomando espaço (e bota espaço nisso) com um corpo roliço, 1 metro e 57, duas covinhas e um salário de US$ 2.5 milhões (o que embolsou com As Bem Armadas).

    Com toda essa grana, você já foi vítima de gente como sua personagem em Uma Ladra Sem Limite, que rouba contas bancária e/ou cartões de crédito,?
Melissa McCarthy – Sim, há alguns anos. Acho que eles se decepcionaram com o que tinha na conta – mas limparam tudo!
 
Conta pra gente quanto tinha na conta…
MMc – Acho que uns 4 mil dólares…
E o que você fez para ter o dinheiro de volta?

Foi atrás dos ladrões como fez Jason Bateman em Uma Ladra Sem Limites?
MMc – Chorei! Chorei feito um bebê no banco! Não parei até eles não aguentarem mais e me devolverem meu rico dinheirinho.

Você usa essa técnica do choro compulsivo sempre?
MMc – Sou a maior chorona – não sei fazer outra coisa em algumas situações.

Apesar das más críticas, Uma Ladra Sem Limites foi muito bem nas bilheterias americanas e foi dito que muita gente foi assistir ao filme porque adoraram você em Missão Madrinha de Casamento. O que acha desse sucesso?
MMc –  Acho que o sucesso foi 50-50 – divido os créditos com Jason Bateman. Além disso, tem muito mais gente legal no filme. O fato é que sou grata de mais pessoas, além de minha mãe e meu pai, terem ido ao cinema  me ver e ver o filme. Isso é realmente fabuloso.

Sua vida mudou muito depois de Missão Madrinha de Casamento?
MMc – Sim, bastante. Agora tenho gente como Sandra Bullock na minha cola (risos). Nada mal, né?

E como foi trabalhar com Sandra Bullock e com o mesmo diretor de Missão Madrinha de Casamento em As Bem Armadas?
MMc –  Dei muita sorte de ter Paul Feig de novo ao meu lado. E Sandra? Ela é o máximo!

Quem é a policial mais  durona de As Bem Armadas?
MMc – Não temos esse lance de ego – nosso negócio é detonar os bandidos. A gente se divertiu muito.

Já está sendo anunciada a sequência de As Bem Armadas, mas Sandra disse que, num primeiro momento, está fora. Você vai segurar a onda sozinha?
MMc – Será difícil segurar a onda sozinha do primeiro filme de dupla policial feminina da história do cinema.

Fale sobre Tammy, filme no qual você também assina o roteiro e que deve estrear no ano que vem.
MMc – Escrevi com meu marido, Ben Falcone, e fala de uma mulher que cai na estrada depois de perder seu emprego e descobrir que seu marido a está traindo. Detalhe: com sua avó beberrona.

O que faz um bom comediante, na sua opinião?
MMc – Acho ele tem de que supostamente ser a piada em si, sem qualquer glamour.

É muito difícil ser engraçada? Alguns atores dizem que comediantes são menos valorizados. Você concorda com isso?
MMc – Acho que a comédia é um tom difícil de atingir. E é arriscado porque se passar daquele tom pode estragar tudo. A comédia é um ponto difícil de atingir e manter, por isso não vejo sentido em menosprezar atores comediantes.

E em sua vida pessoal? Você se considera uma pessoa que leva a vida com bom humor?
MMc – Meu marido é bem engraçado e nós rimos muito no dia a dia, como nossos dois filhos.

É verdade que você está iniciando sua própria grife de roupas?
MMc – É sim! Faz um ano e meio que estou tentanto finalizar esse projeto, mas tem me faltado tempo. Mas sei muito bem o que vou fazer e onde quero chegar: penso em roupas para gente como eu. Nada de vestidos horríveis, mas blusas e calças, coisas legais em tamanhos grandes.

(Juliana Resende/brpress; colaborou Tamara Novoa)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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