Scarlett Johansson, musa ‘sci-fi’
(brpress) - Há rumores de que atriz tenha embolsado US$ 25 milhões para encarnar a heroína ciborgue Major, na ficção científica A Vigilante do Amanhã.
(brpress) – Depois de Madonna, foi Scarlett Johansson a maior presença na Marcha das Mulheres – manifestação feminista contra Donald Trump, com epicentro em Washington, no começo deste ano. A atriz falou da importância ao acesso a programas para gravidez planejada, colocando-se em primeira pessoa, defendeu a manutenção de políticas públicas para mulheres nos EUA e igualdade de gêneros quando o assunto é salário. Sim, ela pode. É a atriz mais bem paga de Hollywood.
Há rumores de que Scarlett tenha embolsado US$ 25 milhões para encarnar a heroína ciborgue Major, na ficção científica A Vigilante do Amanhã, estreando agora no Brasil, baseada no mangá Ghost in the Shell. É mais um papel em que os atributos físicos da atriz de 32 anos são explorados em collants de vinil e lutas violentas coreografadas com grande vigor e estilo. Scarlett tem se dado bem nestes esteriótipos futuristas e perturbados, entrando com o corpo e até somente com a voz (caso de Ela).
Desde que conquistou lugar na lista AA do cinema contracenando de igual para igual com o “tiozinho” Bill Murray, em Encontros e Desencontros (2003), Scarlett vem alternando com habilidade filmes de super-heróis e super-heroínas como Vingadores, Capitão América e Homem de Ferro, e outros de alta octanagem, como Lucy, com comédias românticas como Ela Não Está a Fim de Você e Como Não Perder Essa Mulher, enfiando filmes artísticos e inteligentes no meio, como Ela e Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen (que, aliás, adora Scarlett). Isso sem falar no thriller com pegada erótica Sob a Pele, em que interpreta um alien perambulando pelas ruas de Glasgow, sob a direção do britânico Jonathan Glazer.
Consolidada
O fato é que Scarlett consolidou-se como a musa sci-fi e parece tão confortável nesse papel quanto no maiô de neoprene cor da pele de Major (ela disse à Folha que “a roupa ajudou a diminuir a dor e os hematomas durante as filmagens de Ghost in the Shell”). Em A Vigilante do Amanhã, a atriz volta a ser dirigida por um britânico (Rupert Sanders, de Branca de Neve e o Caçador), e, apesar das críticas de que a protagonista deveria ser uma oriental, acaba resolvendo bem a confusa e existencialista personagem dessa espécie de Blade Runner japonês.
Motoko Kusanagi (Scarlett Johansson) não sente nada. Vítima de um ataque terrorista, ela perdeu todos seus membros e “ganhou um novo corpo para sustentar sua mente, sua alma”, diz a Dra. Ouelet (Juliette Binoche). Não se engane: a adaptação cinematográfica de Ghost in the Shell deixa a filosofia do mangá de lado e aposta na pancadaria. Major é uma policial e o primeiro humano ciberneticamente melhorado, líder da Seção 9, força-tarefa que combate crimes tecnológicos, incumbida de deter um perigoso hacker que está invadindo a mente das pessoas e controlando suas ações. Na medida em que se prepara para enfrentar o inimigo, ela passa a se questionar cada vez mais sobre sua origem e a verdadeira intenção daqueles que a recriaram.
“Espero que a audiência compartilhe comigo a grande paixão que tomou conta de mim ao contracenar com esses atores incríveis, como Takeshi Kitano (ícone do cinema japonês vivendo o comandante da Seção 9) e Juliette Binoche (bem apagada como médica que salva ou rouba a vida de Major)”, diz a atriz neste vídeo sobre A Vigilante do Amanhã: