(Berlim, brpress) – O Festival Internacional de Cinema de Berlim começa em 10/02, com 16 filmes na luta pelo Urso de Ouro, mas nenhum deles brasileiro. Há também uma homenagem ao cineasta iraniano Jafar Panahi, condenado a seis anos de prisão no Irã e proibido de fazer cinema por duas décadas, com a projeção de Offside – filme que lhe rendeu o Urso de Prata em 2006, justamente no dia comemorativo da revolução iraniana contra o Xá, em 11/02.

Panahi vai ser lembrado pelo diretor do festival, Dieter Kosslick,  que, em comunicado, protesta contra a prisão do diretor – ato que, segundo ele, é uma violação do direito de liberdade de expressão nas artes. Outros filmes do iraniano fazem parte das sessões Panorama, Forum, Generation e Curtas do festival. Em 17/02, acontece um debate com cineastas e exilados do Irã sobre a censura e a falta de liberdade aos diretores de cinema naquele país.
 
Herzog em 3D

O Festival de Cinema de Berlim também conta com a projeção do filme em 3D A Caverna dos Sonhos Perdidos, de Werner Herzog. Além deste, outros dois trabalhos no formato tridimensional vão ser exibidos: Pina, de Wim Wenders, sobre a célebre coreógrafa e dançarina alemã Pina Bausch, e Contos Noturnos, um desenho animado francês de Michel Ocelot.

Na relação dos filmes selecionados para a competição aparecem o húngaro O Cavalo de Turin, de Bela Tar; O Prêmio, coprodução franco-mexicano-polonesa-alemã, de Paula Markovitch; o longa iraniano Nader e Simin, Uma Separação, de Asghar Farhadi; Contos Noturnos, de Michel Ocelot; Margin Call, do americano JC Chandor; o coreano Come Rain Come Shine, de Lee Yoon; a coprodução franco-alemã-holandesa Sleeping Sickness, de Ulrich Koehler; Um Mundo Misterioso, de Rodrigo Moreno; The Forgiveness of Blood, dirigido por Joshua Marston; a coprodução russo-ucraniana-alemã Sábado Inocente,  de Alexander Mindadze; Nosso Grande Desespero, de Seyfi Teoman; o filme inglês Coriolanus, de Ralph Fiennes; Odem, de Jonathan Sagall; O Futuro, de Miranda July; Se Não Nós, Quem de Andres Veiel e Yelling to the Sky, de Victoria Mahoney.

(Ruy Martins/ Especial para brpress)