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Spike Lee exibe Chi-Raq em Berlim

(Berna, brpress) - Após boicote ao Oscar, presença do cineasta e de seu filme na Berlinale ganham maior dimensão. Por Rui Martins.

(Berna, brpress) – Com a decisão do diretor Spike Lee de apoiar a iniciativa da atriz Jada Pinkett Smith de boicotar a cerimônia de entrega dos Oscar, em Los Angeles, dia 28/02,  seu novo filme Chi-Raq , fora de competição, e sua presença em Berlim, durante o Festival Internacional de Cinema, se tornaram atrações garantidas.

    Na verdade, a ausência de nomeados negros na lista das 24 categorias artísticas do Oscar contemplando filmes lançados no ano passado, num total  de 120 indicados premiáveis, foi a gota d´água, Uma situação de discriminação racial perdura nos Estados Unidos há mais de meio século, apesar do reconhecimento legal da igualdade racial que acabou com o apartheid americano e a separação dos negros nas escolas e nos transportes públicos. Mas continua mal digerido no meio policial. Tarantino que o diga!

    Spike Lee se inspirou justamente dessa violência contra os negros para adaptar uma peça teatral grega do irônico e satírico  Aristófanes, que vivia na época da Guerra do Peloponeso, ao clima de violência existente nos bairros negros de Chicago Midwest, onde o número de assassinatos anuais é igual ao de um país em guerra, revivendo a fama dos anos 30, quando a cidade era chamada de “capital do crime”.

Chicago com Iraque = Chi-Raq

    O título do filme, primeira produção dos Studios Amazon, é uma contração das palavras Chicago com Iraque, popularizada pelos rappers da região, como Chief Keef. A peça na qual se baseou Spike Lee é a comédia Lisístrata, escrita em 411 AC,  e o filme, uma comédia musical. Começa quando as mulheres se organizam contra a violência sob o comando de Lisístrata, depois de uma criança negra ter sido morta por uma bala perdida.

    Um total de doze raps de autores locais musicam o filme com sua linguagem crua contra as já comuns arbitrariedades policiais contra negros, mesmo crianças, nos Estados Unidos. O anúncio do título do filme, no começo das filmagens, no ano passado, provocou protestos de autoridades e organizações locais, por comparar Chicago ao Iraque. O prefeito local quis também fazer pressão contra esse título, alegando ter retirado US$ 3 milhões em impostos locais sobre o filme.

    Na militância contra a violência, as mulheres da peça Lisístrata declaram uma greve de sexo. No filme Chi-Raq, elas se organizam para tomar o poder utilizando, para isso, o seu charme e a atração sexual. Na peça, a pressão feminina leva a um acordo de paz entre Atenas e Esparta. No filme… Bem, nossa política é evitar spoiler. 

    O ator Samuel L. Jackson é o narrador, e a líder das mulheres revoltadas contra os chefes de gangs e policiais é a atriz Teyonah Parris, no papel de Lisístrata. Outros atores que Chi-Raq reúne: Nick Cannon, Wesley Snipes, Jennifer Hudson, Angela Bassett e John Cusack.

Assista ao trailer de Chi-Raq:

https://www.youtube.com/watch?v=_0Bs1df0kPI

Rui Martins estará do 10 a 21/02 em Berlim, convidado pelo Festival Internacional de Cinema. A cobertura será disponibilizada pela brpress. Informações: [email protected] .

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