Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

FOTO - LeeFOTO – Lee

Tarantino à prova de fãs

(brpress) – Em À Prova de Morte, diretor mostra que seu maior trabalho é se divertir e, claro, ser fiel aos cultuadores de seu estilo. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Para quem não sabe, À Prova de Morte (Death Proof, EUA, 2007), que estreia no Brasil nesta sexta (16/07), é um filme dirigido por Quentin Tarantino que faz parte do projeto Grindhouse, criado por ele e pelo também cineasta Robert Rodriguez, imitando as produções de baixo orçamento que dominavam os drive-ins americanos na década de 1970.

O primeiro longa do projeto a ser lançado foi Planeta Terror (Planet Terror, EUA, 2007), dirigido por Rodriguez, mas com Tarantino na produção. Em À Prova de Morte, a atuação dos cineastas foi inversa.

Para admiradores de Quentin, o filme, que exala a personalidade do diretor, é mais uma produção marcante.

Para os desinformados, a trama pode chocar um pouco e levar ao extremismo do ame-o ou deteste-o. Muito mais fácil amá-lo. Afinal, é mais uma obra de arte que ele terá em seu portifólio, independente das críticas que já sofreu.

 “Defeitos”

À Prova de Morte possui uma excelente edição “mal feita”. Explica-se: foram copiados praticamente todos os defeitos setentistas que um filme poderia ter ao ser projetado através de um maquinário deficiente, rolos de fita com emendas que causam distorções, chuviscos, cenas tremidas, cortes com black-out e falhas de continuidade. Tudo proposital e esplêndido.
 
Quanto às cores, tudo muito forte, quente, exatamente como acontecia nos filmes da década de Laranja Mecânica: amarelo ovo, rosa choque, azul calcinha, branco cândido, vermelho sangue. Isso sem falar nas cenas estouradas na tela por causa do sol que “atrapalhava” as filmagens sem equipamentos de qualidade.

Som de vinil

A trilha sonora é inesquecível e pegajosa – no bom sentido. A vontade é sair da sala escura e ir direto adquirir um longplay (e não simplesmente um CD ou um arquivo do iTunes) com a trilha da produção (destaque para a música Down in Mexico, de Jerry Lelber e Mike Stoller, em que a personagem de Vanessa Ferlito, Arlene, faz uma lap dance para o fantástico personagem de Kurt Russell, Stuntman Mike).

 A trama começa com um grupo de amigas que recebe uma visitante de fora da cidade de Austin, no Texas, para festejar em um final de semana que deveria ser somente de diversão entre garotas. O grupo é formado por Jungle Julia (Sydney Poitier), Arlene, Shanna (Jordan Ladd) e Lanna (Monica Staggs) que, por uma infelicidade do destino, cruzam o caminho de Mike e de seu carro à prova de morte, com uma caveira desenhada no capô.

O que deveria ser uma pequena viagem de final de semana entre amigas acaba por se transformar num pesadelo que se inicia e acaba em poucos segundos – porém, o suficiente para chocar com a cena tragicômica e totalmente violenta, bem a la Tarantino, em que as garotas se envolvem.

 Gostosas e perversas

 Para dar a continuidade – e o desfecho – da história, após o primeiro trauma, os fatos quase se repetem: o vilão Mike, 14 meses depois, se encontra com um outro grupo de belas moças, cheias de energia e vigor, que vivem na cidade de Lebanon, no Tennessee (destaque para o toque do celular da personagem de Rosario Dawson, Abby, que toca dentro da loja de conveniência).

 Zoe (Zoe Bell), a amiga que veio da Nova Zelândia visitar suas companheiras, Kim (Tracie Thoms), Lee (Mary Elizabeth Winstead) e Abby estão prontas, sem sequer imaginar, para enfrentar o dono do carro imbatível. Mas desta vez, a história será bem diferente.  

 Cheio de referências a Tarantino, às suas fascinações e projetos já rodados para o cinema – inclusive a sua própria participação, como dono de um bar –, À Prova de Morte, além de uma tragicomédia misturada com muito suspense trash, é um filme forte. Forte para garotas fortes, principalmente.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate