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Colin Firth e Julianne Moore em Direito de AmarColin Firth e Julianne Moore em Direito de Amar

Tom Ford dirige direito

(brpress) - Em primeiro trabalho fora das passarelas, o estilista e agora diretor convence em Direito de Amar, com atuação brilhante de Colin Firth. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Direito de Amar (A Single Man, EUA, 2010) é um filme que só foi demasiadamente infeliz na adaptação do título original – A Single Man – para lançamento no Brasil. No mais, o filme é um primor. Tom Ford, o estilista que, pela primeira vez, se aventura – e bem – no mundo cinematográfico, mostra que pode ser tão talentoso nas passarelas quanto atrás das câmeras, dirigindo uma história de amor homossexual, mas que não faz dela o prato principal do menu.

    A avalanche de pensamentos, sensações e flagelos que acontece na mente do protagonista é a premissa – assim como no livro do qual fora baseado. Christopher Isherwood é o responsável por tudo isso, em primeira mão. O autor escreveu o livro Cabaret, que é narrado praticamente por meio dos devaneios, observações e depressões do personagem principal, George, um inglês de 50 anos que dá aula de literatura em um e Los Angeles – brilhantemente interpretado por Colin Firth, indicado ao Oscar de Melhor Ator pelo papel.

    Política do medo

    Direito de Amar se passa em 1962, época da crise de mísseis com Cuba. Professor George sente-se perdido e sem conseguir levar adiante sua vida após ter perdido seu companheiro de 16 anos, Jim (Matthew Goode), repentinamente em um acidente. Sem saber lidar com tal descarga de emoções e dores, ele resolve viver isolado do mundo e colocar um fim em sua própria vida, planejando meticulosamente cada passo de seus planos.

    Porém, neste processo todo, alguns pequenos momentos lhe mostram que a vida ainda pode valer a pena. O ator Colin Firth, que já ganhou como melhor ator no Festival de Veneza e no Bafta, consegue fazer o espectador compartilhar facilmente sua dor e seu cinismo. Ele escancara os valores americanos hipócritas dos anos 50 em aulas incandescentes porém discretas na universidade.

    Elenco bom
   
    Julianne Moore, que faz Charley, amiga do professor, enche de graça a tela nas tomadas das quais participa (sendo ela, não poderia ser diferente). Nicholas Hoult, Matthew Goode, Ginnifer Goodwin, Jon Kortajarena e Paulette Lamori também fazem parte do elenco. Tom Ford (que investiu, sozinho, em sua própria criação), como estreante, fez, em parceria com Eduard Grau, em excelente trabalho de edição e fotografia.

    O filme é impecavelmente chique, sóbrio, numa mistura das cores fortes e acinzentadas. Sem mencionar a diferença que seu enquadramento clássico faz. A cara de Ford, esteticamente falando. E profundo, introspectivo, como pedem os melhores personagens de Firth, o eterno e lacônico Mr. Darcy.

(Eliane Macel/Especial para brpress)

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