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Set do documentário PinaSet do documentário Pina

Wenders baila com Pina em 3D

(Berlim, brpress) - Wim Wenders se inspira em U2 3D para fazer filme com uma das maiores coreógrafas e bailarinas do mundo, a alemã Pina Bausch. Por Rui Martins.
(Berlim, brpress) – Wim Wenders queria fazer um filme com uma das maiores coreógrafas e bailarinas do mundo, a alemã Pina Bausch (1940-2009). Depois de ter visto o espetáculo dela Cafe Müller, em 1985, tinha se aproximado de Pina e imaginado um filme, mas não sabia como proceder. Enfim, quando viu um filme 3D do grupo U2, concluiu que a terceira dimensão seria a melhor fórmula. O resultado pode ser visto em primeira mão neste final de semana, no Festival de Cinema de Berlim: Pina.

Wenders Conversou com Pina e já havia acertado com ela o projeto. Pina ficaria ao seu lado nas filmagens à medida em que fossem feitas, para as correções – se houvesse.  A única exigência feita por Pina era a de não ter de dar explicações sobre sua dança, com o que Wenders concordara. As filmagens deveriam começar na turno do balé de Pina Bausch pela América do Sul e prosseguir numa turno pela Europa.
Entretanto, em junho de 2009, Pina morreu de um câncer fulminante.

Mesmo assim, Wim Wenders manteve o projeto e, como afirmou para a imprensa, no Festival, “as filmagens foram feitas como se Pina estivesse presente”. Afinal, todas as danças seguem a coreografia de Pina com os bailarinos de sua companhia, Tanztheater Wuppertal.
 
No filme Pina, Wenders concretizou o projeto de filmagens em terceira dimensão, o incensado 3D, para explorar a profundidade do espaço do palco e dar aos espectadores a impressão exata de estarem num teatro. Pina, ela mesma, havia selecionado alguns balés de seu repertório, como o próprio Cafe Müller, A Sagração da Primavera, Lua Cheia e Kontakhof. Depois de fazer o filme, Wenders chegou à conclusão que 3D é a mídia ideal para espetáculos de dança.

Caetano na trilha

Essa homenagem póstuma com o nome da coreógrafa não é um documentário sobre a vida de Pina Bausch, como se poderia esperar. É um depoimento dos bailarinos de Wuppertal sobre aquela com quem trabalharam tantos anos, seguido de danças de cada um ou do grupo, seja na rua, no palco, num café, num jardim. Forte e emocionante, o  filme revive, com músicas diversas – inclusive uma de Caetano Veloso –, a dança de Pina, imortalizando sua arte.

Wim Wenders explicou ter procurado filmar sem incomodar os bailarinos, apesar de haver um guindaste sustentando as duas câmeras 3D – uns trombones de grandes – e mais um trailing, mesmo porque tinha estudado previamente as coreografias e sabia em quais pontos deveria intervir. As duas câmeras 3D exigiam mais iluminação e, por isso, procurou não incomodar os espectadores nas filmagens de espetáculos com público.

Algumas bailarinas presentes em Berlim, confirmaram terem se habituado com a presença de todo o aparato de filmagem e terem dançado como sempre. Wenders também contou que a cidade de Wuppertal, onde foram feitas muitas cenas, era importante para Pina, que ali viveu 40 anos, se inspirando para as duas novas peças de balé que criava por ano.

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