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Cena de XinguCena de Xingu

Xingu combina com Berlim

(brpress) - "Vamos ver se os alemães vão se emocionar tanto quando quem já viu o filme no Brasil", diz diretor, Cao Hamburger, sobre filme programado para festival de cinema na capital alemã.

(brpress) – Na hora e no lugar certos. Assim será a exibição de Xingu, novo filme de Cao Hamburger (O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, 2006), no Festival Internacional de Cinema de Berlim. O tema é mais que atual – índios, queimadas, progresso predador, colonização das culturas primitivas – e Berlim concentra os mais ardorosos defensores da ecologia e do ambientalismo, com um partido Verde fortíssimo.

    Será sucesso garantido para Xingu, uma homenagem aos irmãos Villas-Bôas e sua luta pela criação do Parque Nacional do Xingu.”Vamos ver se os alemães vão se emocionar tanto quando quem já viu o filme no Brasil”, diz Cao, à coluna Direto da Fonte, em O Estado de S. Paulo. O diretor estará em fevereiro, em Berlim, exibindo seu filme selecionado para a mostra Panorama.

    Hamburger, para quem não se lembra, foi o criador do Castelo Rá-Tim-Bum, sucesso na TV Cultura de São Paulo, e diretor que se insere na retomada do cinema e da memória brasileira (O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias resgata a época da ditadura militar).
   
Crítico

    Ao tratar desta vez dos indígenas, Cao Hamburger exerce um olhar crítico sobre a maneira colonizadora da política indianista e sobre as consequências do progresso e sua ação predadora. De acordo com o diretor, na estreia do filme, em Manaus, no ano passado, se repete a mesma situação de ameaça à cultura indígena com as queimadas e Belo Monte.

    “Belo Monte [a hidrelétrica] é um projeto retrógrado e reacionário”, define ao Estadão. “É uma oportunidade que o Brasil perde de entrar no seculo 21 liderando um novo pensamento político, econômico e de desenvolvimento da humanidade e do planeta. Acho uma pena não haver uma reflexão maior.”

    O Parque do Xingu completou 50 anos de existência e impediu que os índios ali protegidos tivessem sido dizimados pela civilização. Os irmãos Villas-Bôas entraram na floresta e fizeram seu primeiro contato com os índios em 1940, e assumiram, junto ao governo Getúlio Vargas, que pretendia colonizar a região, a defesa dos silvícolas.

    “Se você acha que o Brasil não tem heróis, vá assistir a Xingu”, conclama o diretor. “Esses [os Villas-Bôas] são os verdadeiros heróis. Não precisam ser idealizados”, acredita Cao.

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