Diane Kruger é Maria Antonieta
(brpress) -Mas é em torno de sua dama de companhia, Agathe Sidonie (vivida por Léa Seydoux, em cartaz com Missão Impossível - Protocolo Fantasma), que gira o filme Adeus à Rainha. Por Rui Martins.
(brpress) – Um filme francês – mas com uma atriz alemã – marcará o início do Festival de Cinema de Berlim, que acontece de 09 a 19 de fevereiro: Adeus à Rainha (Les Adieux a La Reine/Farewell My Queen, 2012), estrelado por Diane Kruger, no papel de Maria Antonieta, a rainha decapitada durante a Revolução Francesa.
A abertura do pretigioso festival contará com a presença de Kruger, do diretor Benoît Jacquot (francês, como a maioria do elenco), no tapete vermelho da 62a. edição do evento, vai bem na onda franco-alemã da atual aproximação política – quase camaradagem – da chanceler alemã Angela Merkel com o presidente francês Nicolas Sarkozy, ambos em evidência na liderança dos esforços para reduzir os efeitos da atual crise econômico-financeira na União Européia.
Além dessa atualidade, ao mostrar as centelhas da revolta popular chegando da Bastilha ao Palácio de Versalhes, o filme Adeus à Rainha retrata o clima similar e imprevisível que, num repente, incendiou os países árabes da costa mediterrânea, provocando a queda de três tiranos e a desintegração de suas “cortes”.
Mesma história
Baseado num romance premiado de Chantal Thomas, o filme de Benoît Jacquod conta os últimos dias da nobre austríaca Maria Antonieta, como rainha da França em Versalhes, sob o olhar de sua dama de companhia, Agathe Sidonie (vivida por Léa Seydoux, a mercenária negociante de diamantes Sabine Moreau de Missão Impossível – Protocolo Fantasma), cuja função principal era a de fazer a leitura de romances para a rainha.
A chegada da revolução a Versalhes provocou a fuga da corte e a fuga do próprio casal real, disfarçados em empregados domésticos – tentativa frustrada que levaria ambos à guilhotinha.
Diferente
Com esse enfoque, Adeus À Rainha se diferencia bastante de Maria Antonieta (Marie Antoniette, 2006), de Sofia Coppola, estrelado por Kirsten Dunst e baseado no choque cultural, no tédio e na adaptação da austríaca na corte francesa. “O filme se move no ritmo de Sidonie”, diz o diretor ao site c7nema.net, indicando que a dama de companhia vivida por Léa Seydoux é a a personagem principal.
“Seguimos seu batimento cardíaco, cada vez mais agitado à medida que o desastre se aproxima e invade os corredores, as galerias, os quartos, os salões (…) E só vai haver algum descanso quando estivermos na presença da Rainha”, revela Jacquot.
(Rui Martins/Especial para brpress)